No ranking estadual, o PT ficou em quinto lugar no número de prefeituras e votos. O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu 32 prefeitos no Paraná, totalizando 166,8 mil votos.

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O resultado ficou abaixo das expectativas das lideranças petistas, que já começaram a fazer as primeiras reflexões sobre as causas desse desempenho, que não acompanhou a tendência de crescimento do partido nos principais estados.

Alberto Melnechuck
Gleisi Hoffmann lutou em Curitiba.

A presidente estadual do PT em exercício, Luciana Rafagnin, procura ser otimista na avaliação. Luciana lembra que o partido administra 29 prefeituras e que a partir do próximo ano, este número sobe para 32. “Nós não regredimos. Crescemos. O que nós temos que fazer é uma reflexão sobre os grandes centros onde perdemos”, disse Luciana. Ela citou os casos de Curitiba, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. As três últimas já administradas pelo PT.

O líder da bancada estadual do PT, Péricles Mello, disse que a performance do PT pode ser explicada por vários fatores. Mas que convém não esquecer que o PT no Paraná, historicamente, não alcança as votações que o partido registra em outros estados como no Rio Grande do Sul e São Paulo. “A nossa história aqui é bem diferente do resto do País”, afirmou.

Allan Costa Pinto
Ênio Verri: segundo em Maringá.
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Para Péricles, os resultados de 2004 do partido também tiveram reflexos na eleição deste ano. Ele lembra que o PT perdeu as prefeituras de Ponta Grossa e Maringá e que, em Curitiba, também não conseguiu eleger o prefeito na disputa daquele ano. “O partido ainda não se recuperou desses resultados. Em 2004, de cidades grandes, nós ganhamos só em Londrina”, avaliou.

Outros aspectos também foram citados pelo deputado petista. Um deles é que os investimentos dos governos federal e estadual, potencializados pela boa fase econômica, beneficiaram os atuais governantes.

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“Nós, que administramos antes de 2004, pegamos o final dos governos FHC e Lerner, quando a economia estava péssima. Os prefeitos de 2004 assumiram num momento muito melhor, com o Lula e o Requião no Estado”, comparou.