A neutralidade do governador Beto Richa (PSDB) na eleição à prefeitura de Curitiba no próximo ano pode manter o ex-deputado federal Gustavo Fruet no PSDB. Esta é a expectativa dos tucanos que esperam uma decisão de Gustavo para as próximas horas.
O vice-presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, disse que esta é uma condição já apresentada por Gustavo. Menos do que assumir a presidência do partido em Curitiba, o que interessa a Gustavo é manter o governador longe do palanque do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci(PSB). “Assumir o PSDB de Curitiba é o de menos nessa questão,” afirmou Rossoni.
Mas a resposta que Gustavo quer não será dada antes de o ex-deputado anunciar sua decisão sobre permanecer ou sair do partido. “A bola está com o Gustavo. Se ele entender que deve permanecer no PSDB, ele terá todas as sinalizações necessárias. Estamos aguardando ele tomar a decisão. Daí, tomamos as providências”, disse o vice-presidente estadual do PSDB.
Arquivo/O Estado |
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Zeca Dirceu: se Gustavo deixar o PSDB, tem conversa. |
Expectativa
Da decisão de Gustavo também depende a abertura de uma conversa oficial com o PT sobre a possibilidade de construção de um palanque para Gustavo com os partidos aliados ao governo federal na disputa à prefeitura de Curitiba. O deputado federal Zeca Dirceu, um dos líderes do PT paranaense, disse que somente depois de Gustavo anunciar sua saída do PSDB é que as conversas irão se tornar oficiais.
“Primeiro, ele tem que sair do PSDB. Nós precisamos saber qual é a posição dele em relação a uma possível candidatura nossa ao governo em 2014. Se ele vai apoiar a presidente Dilma”, comentou Zeca Dirceu. O deputado federal petista disse que o partido não pode aguardar indefinidamente a decisão de Gustavo.
“O PT de Curitiba precisa começar a ter pressa. Não podemos esperar até o próximo ano e perder a chance de candidatura própria”, afirmou o dirigente partidário. Zeca Dirceu observou que o partido já discute duas candidaturas próprias, apresentadas pelos deputados Dr. Rosinha e Tadeu Veneri. “Nós estamos focados na eleição de 2014. Há abertura para conversar com o Gustavo no PT. Mas depende da posição dele”, comentou.