Os presidentes dos diretórios regionais do PT e do PL paranaenses começaram o trabalho de lapidar vozes discordantes em relação à coligação nacional em apoio à candidatura a presidente da República de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os petistas paranaenses tinham rejeitado, em encontro realizado no fim de semana, a coligação com os liberais. “Vamos nos adaptar à decisão nacional”, prometeu o presidente do PT no Paraná, vereador londrinense André Vargas.
Ele reconhece que a tarefa não será fácil. “Mas as direções partidárias existem para isso”, disse. “Temos a responsabilidade de costurar internamente essa aliança.” O argumento que utilizará já está ensaiado. “A prioridade é a eleição do Lula.” Mas deverá sustentar também que a aliança tende a fortalecer a candidatura do deputado federal Padre Roque Zimmermann ao governo do Estado. “É positivo para o Lula e pode ser positivo para o Padre Roque e a chapa proporcional”, acredita.
O presidente regional do PL, deputado federal Pastor Bernardino Oliveira, preferia uma coligação no Estado com o candidato do PDT, senador Álvaro Dias, e vinha preparando o partido para isso. Mas garante que abraçará a campanha do Padre Roque.
“Como pastor, não prego casamento de aparência”, disse. O presidente do partido já iniciou as conversas com o PT para incluir o PL nas chapas majoritária e proporcional. O PL pretende ter um candidato ao Senado, mas as vagas foram preenchidas pelo PT. “É uma questão de detalhes, que não prejudicarão o conjunto”, diz o pastor Oliveira.
