O PT e os partidos da base aliada do presidente Lula (PT) no Congresso Nacional ainda não demonstram sinais de entendimento para erguer, no Paraná, o palanque único para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa eleitoral do próximo ano, sugerido pelo presidente Lula durante sua visita ao estado, na terça-feira passada.
No próximo dia 25, o diretório estadual do PT se reúne em Curitiba para analisar, entre outros pontos, o andamento das negociações para realizar o principal objetivo do partido que é a eleição da ministra como sucessora de Lula.
Por enquanto, as articulações estão esbarrando nas resistências internas dos principais aliados, o PMDB e o PDT. As direções nacionais e estaduais investem numa negociação com o senador Osmar Dias (PDT) para que ele seja o candidato ao governo numa coligação com o PT, envolvendo o maior número possível de partidos aliados.
Porém, a hipótese de um acerto entre pedetistas e peemedebistas é dada como improvável pelos dois lados e se constitui no principal obstáculo para o sonhado palanque único do presidente Lula.
Sem contar que Osmar ainda tem um acordo pendente com o PSDB, que teria empenhado seu compromisso em apoiá-lo para a eleição do próximo ano, mas que, atualmente, já trabalha com a expectativa de candidatura própria.
Agência Brasil |
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Dilma: pressa pelo palanque. |
Enquanto as negociações não avançam, o PT deve aprovar no próximo sábado uma resolução apontando mais uma vez para uma candidatura própria ao governo, que tem como indicado o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e a construção das chapas de candidatos à Câmara dos Deputados, Senado e Assembleia Legislativa.
Sem laços
Grandes amigos no passado, o senador Osmar Dias e o governador Roberto Requião (PMDB) romperam desde a eleição de 2006 e o diálogo entre os dois partidos são pontuais, entre deputados e lideranças peemedebistas e pedetistas.
O vice-presidente estadual do PMDB, deputado Luiz Claudio Romanelli, disse que o senador Osmar Dias deveria ter tanto empenho em conversar com o PMDB como tem se esforçado em manter os vínculos com o prefeito Beto Richa (PSDB).
Arquivo |
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Requião: nova conversa com Lula. |
Romanelli já está convencido sobre a opção do PT pela candidatura do senador pedetista. E assim como ele, outros deputados peemedebistas, defendem a busca de aliados alternativos para uma composição em torno da pré-candidatura do vice-governador Orlando Pessuti ao governo.
“O PT não está botando fé no nosso taco no Paraná”, disse o deputado Nereu Moura, que não integra o grupo dos simpáticos a um acordo com os tucanos e acha que o PMDB pode se juntar ao PTB, PP e PR.
Mas o governador Roberto Requião ainda tem esperanças de que tudo volte a ser como antes entre o PMDB e o PT. Antes de viajar à Europa, há dez dias, a ministra Dilma convidou Requião para uma conversa com Lula, mas o governador adiou o encontro, que acabou acontecendo entre o presidente e o governador em exercício, Orlando Pessuti.
Entretanto, de acordo com o deputado Alexandre Curi (PMDB), a agenda está em aberto e o governador deve seguir a Brasília para conversar com o presidente da República nos próximos dias.