PT do Paraná prepara uma reação para Lula

As lideranças do PT do Paraná estão planejando algumas ações eleitorais para alavancar a candidatura do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) no Estado. Pressionado pelo avanço do candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, na região sul, a estratégia do presidente é intensificar sua campanha no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No final do mês, ele virá a Florianópolis, onde Alckmin lançou sua campanha, e poderá estender o roteiro até Curitiba e Cascavel.

O senador Flávio Arns, candidato do PT ao governo, disse que é importante a presença física do presidente no Estado, paralelamente ao empenho do partido em divulgar e debater com a população as realizações do governo de Lula no Paraná. "Esta será uma eleição difícil e o nosso empenho terá que ser grande. Em alguns locais, teremos que reforçar o trabalho. É nossa a responsabilidade de mostrar à população o que o governo Lula fez no Paraná", disse o senador.

Para a candidata do PT ao Senado, Gleisi Hoffmann, não há dados precisos sobre o desempenho de Lula no Paraná, comparativamente ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina. Gleisi observou que, historicamente, o sul é uma região onde Lula sempre registrou seus menores índices. Mas ao mesmo tempo, é também a região onde há o maior número de eleitores indefinidos, disse Gleisi. É um dado que anima os petistas a sair em busca dos votos. "O grande número de indecisos significa que o Alckmin não está consolidado na região", analisou.

Para Gleisi, a melhor estratégia neste caso é esclarecer à população sobre os resultados do governo. "Apresentando desde os dados da economia até os números sobre a exclusão social", declarou. Ela destacou que o sul ainda é um território inexplorado por Lula, que não veio à região nesta campanha eleitoral. Enquanto isso, Alckmin já veio e voltou algumas vezes, comparou.

Começo

Na próxima sexta-feira, 21, Curitiba estará entre as 150 capitais onde serão realizados atos públicos de apoio à candidatura de Lula. A mobilização, que está marcada para às 17h, na Boca Maldita, está sendo organizada pelos movimentos sociais, assim como no restante do país. Será a primeira atividade pública da campanha de Lula no Paraná, onde o coordenador geral deverá ser o diretor da Usina de Itaipu, Jorge Samek, que ainda não assumiu oficialmente a função.

O presidente estadual do PT, André Vargas, disse que as ações pró-Lula devem ser mais intensas no interior do Estado. "Em Curitiba e Região Metropolitana, o Lula está bem. O nosso problema maior é no interior, onde encontramos a resistência dos "com terra" que fazem muitas críticas à política agrícola. Mas nós temos muito o que mostrar na área da agricultura familiar", disse Vargas.

O dirigente petista afirmou ainda que, além do palanque majoritário, onde as candidaturas de Arns e Gleisi serão vitrines da campanha de Lula, também os candidatos à Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa funcionam como vetores da candidatura Lula à reeleição. "Nós temos um acordo que os candidatos proporcionais vão procurar mostrar nos seus materiais e discursos as ações do governo Lula no Paraná", comentou. 

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