A coordenação de campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) decidiu produzir um material específico para São Paulo, criticando diretamente a gestão de José Serra e políticas do PSDB implementadas no governo do Estado. A coligação “Para o Brasil seguir mudando” encomendou mais de 20 milhões de panfletos. O material deve começar a ser distribuído amanhã.
O PT concentra esforços em São Paulo na reta final. Nos bastidores da campanha, a avaliação é que Dilma teria um desempenho mais estável em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, Estados monitorados diariamente pelo partido, além de São Paulo e Rio de Janeiro. Porém, é entre o eleitor paulista que reside a maior preocupação.
O PT alega que os panfletos vão deixar claro a “diferença de projetos”. A ideia é mostrar o que o governo Lula/Dilma investiu em São Paulo fazendo um contraponto com os investimentos federais na época do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com Serra no ministério. Alguns panfletos que já circularam no Estado têm tom agressivo.
Por se tratar de um reduto eleitoral dos tucanos, no qual Serra teve vantagem no primeiro turno, a coordenação de campanha traçou uma força-tarefa. Além da presença mais ostensiva de Dilma nos próximos dias em carreatas e caminhadas na Grande São Paulo, vai distribuiu tarefas específicas para as principais figuras políticas do PT e de partidos aliados. Já foi definido um cronograma diário de atividades até dia 30.
Os panfletos serão distribuídos em todas essas atividades. O material destaca aspectos negativos da gestão de Serra no governo e na Prefeitura de São Paulo nas áreas de educação, segurança pública e políticas sociais.
“Serra faz questão de dizer o que fez. Nós vamos simplesmente contar o outro lado da história. Em São Paulo não existiu o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), os programas sociais dos governos anteriores do PT foram interrompidos, ele não é o pai dos genéricos. Mas não se pode confundir a crítica ao governo de São Paulo com uma crítica aos paulistas, que são um povo empreendedor”, afirmou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.