Embate

PT discute mudança de comando no Estado

A partir da próxima segunda-feira, 24, começa oficialmente a temporada de disputa interna no PT do Paraná. A eleição para o diretório estadual será realizada apenas em novembro, mas o prazo para a inscrição das chapas ao diretório e dos candidatos a presidente se encerra nesta segunda, quando começa também a campanha.

Até ontem, já estavam anunciadas três candidaturas: a do secretário do Planejamento, Ênio Verri, a do deputado estadual Tadeu Veneri e de Marcio Pessati, ex-vice-presidente do diretório estadual do PT e assessor do deputado federal Dr.Rosinha.

Verri é o candidato apoiado pelo grupo que detém o comando do partido no Estado, formado pela presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a maioria dos deputados estaduais, como o líder da bancada do PT, Péricles Mello, e os deputados federais André Vargas e Ângelo Vanhoni.

Veneri e Pessati disputam os apoios das demais alas. Assim como Rosinha, Pessati integra a Corrente Democracia Socialista e terá os apoios da vereadora Professora Josete e do deputado estadual Professor Lemos. Veneri tem como um dos aliados o deputado federal Assis do Couto, que na eleição anterior para o diretório foi candidato à presidência do PT com o apoio de Rosinha.

Tema recorrente nas disputas internas do PT, as alianças eleitorais entram novamente em pauta neste PED (Processo de Eleições Diretas) como é definido o processo de escolha das direções partidárias no PT.

Pessati e Veneri se apresentaram como candidatos defendendo, entre outros pontos, a candidatura própria ao governo, nas eleições do próximo ano. Já o grupo de Verri é o que está na condução das negociações com os partidos da base aliada do presidente Lula para formar uma coligação para a sucessão estadual e, ao mesmo tempo, abrir um palanque para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa presidencial.

Nesta fase das conversas, o esforço tem sido para convencer o PMDB a participar de uma composição que teria o senador Osmar Dias (PDT) como candidato ao governo. A presidente estadual do PT disse que as posições das outras duas candidaturas não são diferenciais nesta disputa.

 “O nosso campo não é contra a candidatura própria. O fato é que a nossa prioridade é ajudar na eleição da ministra Dilma à presidência. Então, defendemos uma aliança mais ampla. Para nós, a candidatura própria não é uma questão de princípio”, afirmou.

Veneri acha que a candidatura própria é uma expressão do desejo das bases do partido. “Nós precisamos de uma direção sintonizada com a militância e um partido forte que tenha coragem de disputar o poder no estado com candidatura própria, que represente o projeto do PT”, afirmou.

Para Pessati, o PT não pode ser uma força eleitoral coajduvante. “Queremos que o PT do Paraná assuma a condição de principal força política no Estado, e deixe de atuar como mero coadjuvante do PMDB” afirmou Pessati.

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