Novo governo

PT discute cargos e impacto em alianças para 2012

O PT retomou na manhã deste sábado em Guarulhos (SP), a portas fechadas, o seminário “O partido que muda o Brasil”, para discutir a perspectiva política e eleitoral para 2012, mas tendo como pano de fundo a corrida para a ocupação de cargos em ministérios, autarquias e secretarias no governo Dilma Rousseff. “Tem um problema de física: dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo”, disse o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA).

Para o parlamentar, “existe um mosaico que precisa ser montado”. Ele destacou que o governo da presidente eleita é “um governo de continuidade, embora seja com o toque dela”. “Tem uma base já dimensionada, espaços predefinidos. Não é um direito adquirido, mas não houve grandes alterações na correlação de forças das bancadas”, observou Pelegrino.

Para o líder do PT na Câmara de SP, vereador José Américo, “o mais importante agora é o partido se preparar para a disputa de 2012, estabelecer prioridades dos Estados e definir como migrar posições a nível nacional para o plano municipal”.

As correntes do PT que participam do encontro avaliam que uma política de alianças pode contemplar tanto candidaturas próprias como candidaturas dos aliados.

À tarde, o seminário terá uma mesa sobre as perspectivas do partido para 2012. Uma das preocupações do partido, ao querer definir preenchimento de cargos na administração pública, é a influência que as nomeações poderá ter no pleito municipal, daqui há dois anos. “Tem que harmonizar os interesses”, declarou Nelson Pelegrino. “O fato é que não há grandes alterações. São os ajustes que tem que fazer, mudanças de peças, tira ali, bota aqui.”

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