Completando um ano como procuradora-geral da República, Raquel Dodge fez um balanço de sua gestão nesta terça-feira (18) e afirmou que vai cobrar a devolução do dinheiro gasto pelo Partido dos Trabalhadores (PT) com a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, o partido pode ser obrigado a devolver mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos.
Segundo a procuradora, que também é a procuradora-geral eleitoral, uma quantia deve ser devolvida referente ao gasto em campanha enquanto Lula foi cabeça de chapa. “O momento de se fazer isso ainda está em curso, porque o prazo para essa prestação de contas ainda está em curso, e é nesse momento que atua o Ministério Público Eleitoral. O que é necessário é o ressarcimento dos cofres públicos do dinheiro do fundo de campanha utilizado por candidato inelegível”, disse.
O ex-presidente chegou a registrar candidatura mas foi barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa, há três semanas. Ele foi condenado em segunda instância na Operação Lava Jato.
Defesa
Parte dos valores referentes ao Fundo Partidário na prestação de contas da campanha do petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi destinada à sua defesa. Segundo o portal do TSE, o partido pagou R$ 1,5 milhão, ou 5,7% do total arrecadado, para o escritório Teixeira, Martins e Advogados, que tem entre os sócios Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Zanin Martins. Os dois são responsáveis pela defesa de Lula nas condenações da Lava Jato.
A campanha direcionou ainda R$ 900 mil para o escritório Aragão & Ferraro Advogados Associados e R$ 150 mil para a empresa Edilene Lobo Sociedade de Advogados.
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