O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, disse nesta quinta-feira que seu partido irá lutar para que as mudanças político-eleitorais definidas com a realização de um plebiscito sobre reforma política sejam válidas já nas eleições do ano que vem. Para que as mudanças sejam válidas nesse prazo, elas devem ser aprovadas até o dia 5 de outubro. Caso a consulta popular não saia até essa data, o dirigente petista afirmou que pretende utilizar uma alternativa jurídica. “Se for preciso, fazendo uma emenda constitucional, com caráter transitório para que os prazos anuais possam ser encurtados com essa finalidade”, explicou, ressaltando que o processo é “possível juridicamente”.

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Falcão afirmou que se reuniu na tarde desta quinta com lideranças de dez partidos e que, com a exceção de um deles, todos os outros aprovaram a ideia da realização de um plebiscito. Ele atribuiu o início do debate sobre a reforma política à força das manifestações que tomaram as ruas de algumas das principais cidades brasileiras nos últimos dias. Ele disse ainda que os detalhes da reforma política serão definidos em uma nova reunião a ser realizada na próxima quinta-feira, 4, em Brasília.

Sobre a proposta de extinguir a possibilidade de reeleição com a reforma política, Falcão disse não acreditar que alguém proponha essa ideia para fazer parte da consulta popular. “(A reeleição) já foi proposta em beneficio próprio. Se propuserem o fim em 2014, o plebiscito tem legitimidade para isso. Não acredito (que a proposta) seja feita para substituir a presidenta”, afirmou.

Protestos

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Rui Falcão afirmou que, apesar das hostilidades sofridas por militantes petistas em algumas manifestações de rua, o partido irá “participar de manifestações que reivindicam demandas de avanço”. “Se vai ter atividade belicosa, não sou capaz de prever. Temos disposição de movimentos pacíficos com pedidos democráticos”, reiterou, dizendo que o PT está unido e que essa participação trata-se de uma reafirmação política importante.

Segundo Falcão, as manifestações serviram para “renovar e fortalecer” o discurso petista. “A voz das ruas falou mais alto que tínhamos escutado até então. Uma das coisas positivas é trazer energia positiva (para o partido). (Vamos) aproveitar as manifestações para renovar e fortalecer nosso discurso. Nossa juventude vinha participando desde o início das manifestações”, afirmou, ressaltando que a juventude terá mais espaço nos próximos diretórios eleitos nas eleições petistas de novembro.

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