PT começa campanha nas ruas de Curitiba sem Requião

No primeiro ato de campanha de Lula em Curitiba neste segundo turno, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o apoio do governador Roberto Requião pode fortalecer o palanque de reeleição do presidente no Estado, mas o partido está também trabalhando com a possibilidade de sozinho. O ministro esteve ontem à frente da manifestação pró-Lula realizada pelo diretório estadual do PT, que reuniu militantes petistas na Boca Maldita ontem pela manhã. A manifestação contou com a participação de integrantes do PMDB estadual.

?Nosso desafio é melhorar o resultado em Curitiba, assim com estamos fazendo em outros lugares?, disse. Segundo Paulo Bernardo, o partido está agregando lideranças importantes para a reeleição de Lula em vários Estados. ?No Rio de Janeiro, com (Antony) Garotinho declarando apoio ao Alckmin, a situação do PSDB piorou. No Rio Grande do Sul já temos palanque consolidado?, declarou. No primeiro turno, o candidato tucano Geraldo Alckmin obteve 53% dos votos, contra 37,9% de Lula.

Paulo Bernardo afirmou que o PT já está fazendo reuniões em todas as regiões do Estado. ?Gleisi, por exemplo, está fazendo campanha para Lula no Sudoeste?, disse. Gleisi teve votação expressiva para o Senado na eleição em primeiro de outubro, ficando em segundo lugar com 2.299.088 de votos. De acordo com Paulo Bernardo, foi realizada ontem pela manhã uma reunião com um grupo de prefeitos na Região Metropolitana, a fim de engajá-los na campanha.

O ministro reafirmou que a condição para o PT apoiar a reeleição do governador Roberto Requião (PMDB) é que o peemedebista se pronuncie formalmente m favor de Lula. ?Temos duas alternativas. Podemos apoiar Requião, ou ficarmos neutros?, disse. O ministro lembrou que no primeiro turno Requião não apoiou nenhum candidato à presidência, mas vários integrantes do PMDB ficou com Alckmin, como o deputado Dobrandino da Silva, Reinhold Stephanes e Rodrigo Rocha Loures. ?Porém, como o PSDB no Estado já decidiu que vai apoiar Osmar Dias (PDT), não há mais essa alternativa?, disse.

Mesmo sem pronunciamentos de apoio entre Lula e Requião, setores dos dois partidos estão empenhados em costurar uma aliança. O deputado Natálio Stica (PT) já declarou que vai entrar na campanha de Requião e o deputado Angelo Vanhoni (PT) vem sendo citado por peemedebistas como um possível articulador de campanha de reeleição do governador. No PMDB paranaense, o vice-governador Orlando Pessuti e o presidente do diretório do PMDB de Curitiba, Doático Santos, são alguns dos simpatizantes à reeleição de Lula.

Doático afirma que um setor do PMDB começa a integrar a campanha de Lula a partir de amanhã, depois da reunião de lideranças dos dois partidos. ?Vamos convidar o Vanhoni para fazer um contraponto ao Beto Richa que está na campanha do Osmar. Ele foi o deputado federal do PT mais votado. Ele tem plena condiçao de representar unidade popular na campanha. Vamos definir detalhes na de segunda-feira?, disse Doático. Vanhoni, que atualmente exerce mandato de deputado estadual, foi o deputado do PT do Paraná petista com maior votação para a Câmara dos Deputados, obtendo 111.036 votos na eleição.

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