Foto: Agência Brasil

Berzoini: todos juntos.

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O PT começa a discutir oficialmente hoje, quando realiza sua primeira reunião da Executiva de 2006, a política de alianças que deve nortear a sigla no ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentará a reeleição. "Não dá para deixar para discutir quem serão os aliados apenas em abril", afirma o secretário-adjunto de Organização do PT, Francisco Campos, em referência ao 13.º Encontro Nacional do PT, marcado para 28 a 30 de abril, no qual o partido pretende definir as diretrizes do programa de governo de Lula e debater a política de alianças.

"Temos que chamar já oficialmente o PMDB para uma conversa", prossegue o dirigente petista, que deve ser o responsável por colocar o assunto na mesa hoje. "A reunião deve ser tranqüila até que se comece a discutir a política de alianças. Aí ela é como um divisor de águas", prevê o terceiro vice-presidente do PT, Jilmar Tatto. Assim como Campos, ele também defende o início imediato de um "debate profundo" sobre o tema. "Já perdemos muito tempo", comenta outro membro da Executiva, ao fazer rápida análise sobre o cenário político-eleitoral deste ano.

A discussão sobre política de alianças divide o PT. Enquanto integrantes do Campo Majoritário, corrente da qual faz parte o presidente da sigla, Ricardo Berzoini, defendem a proposta de que as legendas que dão sustentação ao governo federal continuem juntas com o PT na disputa de outubro, outras tendências são reticentes e até contrárias à presença de aliados que estão envolvidos no escândalo do mensalão, lembrando que a crise "corroeu" a imagem do partido.

Integrante da Democracia Socialista (DS), tendência de esquerda do PT, o secretário-geral-adjunto, Joaquim Soriano, quer que no primeiro turno a legenda faça coligação apenas com os aliados históricos do PT: o PC do B e o PSB. "A aliança tem de ser com os partidos com os quais temos identidade programática", argumenta, divergindo de outros companheiros que, como ele, têm vaga na Executiva.

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Outro desafio da cúpula petista hoje é tentar costurar um pacto de unidade para que o PT consiga tomar a dianteira no comando da campanha da reeleição de Lula. Até agora o partido não conseguiu nem construir a equipe que vai coordenar a elaboração do novo programa de governo.