A onda de boatos contra a candidata Dilma Rousseff fez o PT anunciar ontem que vai lançar um manifesto para acabar com o que o partido chama de “guerra suja” que começou na reta final do primeiro turno.
Nesta semana, o site da presidenciável colocou um novo quadro no ar, intitulado “Em nome da verdade”, com esclarecimentos aos eleitores.
Entre eles, estão a suposta defesa do aborto por Dilma, a suposta proibição da candidata de entrar nos Estados Unidos e sobre a suposta fala da candidata que “nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória”.
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Dutra: “É uma “guerra suja”. |
Sobre essa declaração, o site oficial da petista avisa: “Dilma jamais reconheceu uma vitória antecipadamente. Ao contrário, ela diz que pesquisa não ganha eleição, que eleição se ganha na urna. No mês de julho, em Curitiba, Dilma deu a seguinte declaração: ‘Ninguém pode subir no salto alto e sair por aí achando que já ganhou. Até o dia 3 de outubro, muita água vai rolar debaixo da ponte’”.
Em relação à polêmica do aborto, o site reafirma que a candidata é pessoalmente contra o aborto. O assunto rendeu uma nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
“Os eleitores têm o direito de optar pela candidatura à Presidência da República que sua consciência lhe indicar, como livre escolha, tendo como referencial valores éticos e os princípios da Doutrina Social da Igreja, como promoção e defesa da dignidade da pessoa humana, com a inclusão social de todos os cidadãos e cidadãs, principalmente dos empobrecidos”, diz a nota.
O PT também pediu à Polícia Federal (PF) para investigar a autoria do panfleto apócrifo distribuído nesta semana, durante encontro nacional do PSDB e aliados que apóiam a candidatura de José Serra.
Segundo o PT, o texto orienta como difundir uma campanha contra Dilma na internet. “Queremos evitar e repelir esta verdadeira ‘guerra suja’ que está sendo feita por alguns setores, tentando inclusive colocar temas religiosas como centro de uma disputa eleitoral”, afirmou o presidente do PT, José Eduardo Dutra.