A um mês da eleição presidencial, a cúpula do PT fará um arrastão para reforçar as mobilizações de rua da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, na tentativa de vencer a disputa pelo Planalto, ainda no primeiro turno, em 6 de outubro. Líder absoluto das pesquisas de intenção de voto, Lula aproveitará o tiroteio entre os adversários José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PPS) – tecnicamente empatados no segundo lugar – para criar um clima mais emocional na disputa. Nos programas eleitorais gratuitos de televisão, ele pedirá ?uma chance? ao eleitor.

A palavra da vez, no comitê de Lula, é exatamente esta: oportunidade. Na agenda repleta de manifestações de rua, o petista dará prioridade aos três maiores colégios eleitorais – São Paulo, Minas e Rio – e às 62 cidades com mais de 200 mil habitantes. Para ganhar no primeiro turno, um candidato precisa contar com 50% mais um dos votos válidos, que excluem os nulos e em branco.

?Se a eleição for para o ringue da luta livre, com ataques e contra-ataques, eleitores indecisos podem querer uma solução mais rápida?, afirma Fátima Pacheco Jordão, analista de pesquisas eleitorais e consultora do Grupo Estado. Fátima conta que, em pesquisas qualitativas – aquelas que medem as impressões dos eleitores -, os entrevistados sempre reagem mal ao bombardeio na campanha. ?Eles acham ruim, pois alegam que os candidatos preferem brigar entre si a falar diretamente para o eleitorado? , comenta.

Na última pesquisa do Ibope, realizada entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, Ciro caiu quatro pontos porcentuais. Está com 17% das preferências, empatado com Serra. O detalhe é que, embora o levantamento confirme a tendência de queda de Ciro  o candidato do PSDB parou de crescer. Ou seja: Serra tinha os mesmos 17% na sondagem anterior. Lula, por sua vez, permaneceu estável, com 35%, enquanto Anthony Garotinho (PSB) não saiu do quarto lugar, com 10%.

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