PT amplia prazo para aliança com Osmar

Apesar de algumas lideranças demonstrarem impaciência com a indefinição do senador Osmar Dias, o PT do Paraná decidiu esperar até março por uma resposta do pedetista sobre a proposta de aliança para as eleições do próximo ano. Em reunião ontem, 12, o diretório estadual aprovou resolução apontando o mês de março como a data final para o partido definir sua posição no quadro da sucessão estadual.

Março é o mês em que o governador Roberto Requião (PMDB) e o prefeito Beto Richa (PMDB) se afastam dos cargos para concorrer ao governo. São fatos apontados como decisivos para o desfecho das articulações em curso. Ou seja, é o último prazo para a consolidação da candidatura do vice-governador Orlando Pessuti ao governo e da escolha do candidato do PSDB, que está entre Beto e o senador Álvaro Dias. Essas decisões também ditam os rumos do senador Osmar Dias.

Para o PT, são múltiplas as opções. O PT pode lançar candidato próprio ou faz composição. Nesse caso, pode ser com o PMDB ou o PDT. Na resolução, os petistas destacam que se as alianças, referidas como “com os partidos da base aliada” do presidente Lula não mostrarem viabilidade, o partido lança a candidatura própria. Esta foi a primeira vez que o partido divulgou um documento admitindo a tese da candidatura própria.

Os dois nomes apresentados são o do ex-prefeito de Londrina Nedson Micheletti e o da secretária de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Lygia Pupatto. A secretária é também tida como a opção do PT para ser candidata a vice-governadora em caso de aliança com o PMDB. Cotada para ocupar a vaga, a atual presidente do diretório estadual, Gleisi Hoffmann, não abre mão de ser candidata ao Senado.

Direto ao ponto

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já avisou ao senador Osmar Dias que o partido está impaciente. “Ninguém está querendo enganar ninguém. Queremos apoio para a ministra Dilma e uma vaga ao Senado e oferecemos a nossa participação na aliança para ajudar a ganhar o governo”, disse o ministro, destacando que o apoio a Dilma e a candidatura ao Senado são condições básicas para um acordo.

E o que o PT oferece é um partido trabalhando com unidade na mesma direção, afirmou Bernardo. “O PT é assim. Mesmo tendo as alas que defendem a candidatura própria, na hora que define, o partido todo vai para o mesmo lado. Não tem briga’, declarou o ministro. E além disso, frisou Bernardo, o PT tem uma candidatura presidencial que já está definida. O que não é o caso dos adversários do PSDB, onde o governador paulista José Serra ainda não deu a palavra final sobre a candidatura, comparou.

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