PT admite que acordo com PSB-SP deve fracassar

Após várias tentativas de acordo, o PT admite que a negociação com o PSB para compor a chapa de oposição ao PSDB nas eleições em São Paulo deve fracassar. Para o presidente do diretório paulista, Edinho Silva, o PSB deve mesmo caminhar para lançar a candidatura ao governo do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. “Acho difícil o acordo e não vamos fazer mais tentativas, porque se formos para cima vão falar que estamos faltando com respeito com a posição deles”, disse Edinho, em entrevista à Agência Estado. “Mas seguimos de portas abertas para o PSB”, completou.

Hoje, o PSDC definiu o apoio à frente de 11 partidos liderada pelo PT, com a pré-candidatura do senador Aloizio Mercadante ao governo paulista. Além dos dois partidos, a coalizão que tentará tirar o comando do Estado das mãos dos tucanos tem ainda PDT, PC do B, PR, PRB, PT do B, PTC, PRP, PSL e PPL. A chapa terá a ex-prefeita e ex-ministra Marta Suplicy como candidata ao Senado.

De acordo com o presidente do PT paulista, PTN e PRTB ainda negociam a entrada na chapa e até a próxima semana o nome do pré-candidato a vice-governador e o da outra vaga ao Senado já serão definidos. Para vice, o PDT indicou o ex-prefeito de São José do Rio Preto, Manoel Antunes. No entanto, o nome do empresário Ivo Rosset, filiado ao PT, também está sendo cogitado.

Para a outra vaga ao Senado, com o fracasso do acordo com o PSB que poderia trazer o vereador Gabriel Chalita para ser companheiro de chapa de Marta, o favorito é o também vereador paulistano Netinho de Paula (PC do B). Netinho, inclusive, já faz aparições públicas em eventos da pré-campanha de Mercadante.

Críticas

Edinho se incumbiu ainda de rebater as novas críticas feitas por membros do PSDB à falta de experiência administrativa e política da pré-candidata a presidente pelo PT, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. No sábado, em entrevista do jornal O Estado de S. Paulo, o pré-candidato ao governo paulista pelo PSDB, Geraldo Alckmin, defendeu a candidatura a presidente de José Serra e afirmou que “experiência não passa por osmose”.

“A experiência do PSDB é a de quem sucateou o Estado e as políticas públicas, a das privatizações e do rombo das contas públicas; a experiência do governo Lula, da ministra Dilma, é do crescimento com distribuição de renda, da inclusão social, do fortalecimento do papel internacional do Brasil”, disse Edinho. “A experiência que eles têm nós não queremos ter”, concluiu.

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