O escolhido pela Frente de Esquerda Socialista, aliança entre PSOL e PSTU, para disputar a vaga de governador de Minas Gerais, Fidélis Alcantara (PSOL), quer promover a “economia popular ecossocialista” no Estado. Em entrevista ao jornal O Tempo, publicada na edição desta quinta-feira, 17, o candidato explica que o termo engloba a defesa do pequeno produtor, da agricultura familiar. “Estamos perdendo com a falta de alimentos de qualidade na nossa mesa e perdendo nossa água, nossa fauna, nossa flora por causa dessas grandes monoculturas e desse modelo de produzir que não nos serve”, declarou.
Ele ainda criticou o termo “choque de gestão” amplamente divulgado pelo PSDB nos últimos 12 anos no governo de Minas. “Choque de gestão é um termo muito bonito, mas, na prática, vimos mais dívidas, menos serviços públicos de qualidade, saúde e educação completamente sucateadas. Além de um Estado que não tem plano de mobilidade para atender as regiões mais remotas”, disse.
Alcantara afirmou que não dá para mudar a sede administrativa, mas tem que haver uma compreensão de como está a qualidade de vida do servidor que vai até o local. “Se você reparar ao redor da Cidade Administrativa, não tem coisas básicas de acesso. Eles são obrigados a se alimentar nos restaurantes que tem dentro da Cidade Administrativa”, informou. O publicitário-candidato ainda comentou que o fato do pagamento dos aposentados da área da educação ser considerado investimento na educação, não é justo.” Por isso estamos vendo as escolas tão precarizadas. A questão da saúde é a mesma coisa. Há R$ 8 bilhões que eram para ser destinados à saúde, e sumiram”, declarou.