O PSOL e o PV encaminharam uma representação por improbidade administrativa contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), ao Ministério Público de Contas (MPC), vinculado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os partidos questionam a compra da casa onde Yeda mora desde o fim de 2006. Apontam que o custo de R$ 750 mil não é compatível com os rendimentos que ela, como deputada, e o marido dela, Carlos Crusius, como professor universitário, recebiam à época.

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Para justificar o pedido, as legendas invocaram a Lei Estadual 12.980, em vigor desde o dia 5, sancionada por Yeda, que outorga ao TCE competência para controlar a variação patrimonial de agentes públicos.

Em diferentes declarações, a governadora do Rio Grande do Sul disse que se desfez de dois imóveis e um carro para pagar os R$ 750 mil do negócio. O porta-voz do governo do Rio Grande do Sul, Paulo Fona, afirmou que a ação das siglas é uma iniciativa política para dar notoriedade na mídia à candidata à prefeitura de Porto Alegre Luciana Genro (PSOL-RS). O procurador-geral do MPC, Geraldo Costa da Camino, prometeu emitir um parecer em 15 dias.

Na Assembléia Legislativa, os deputados do PT também preparam um pedido de investigação da compra da casa de Yeda, que será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) como conclusão paralela ao relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

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Os parlamentares petistas argumentarão que a declaração de bens da governadora na época, de R$ 674 mil, era inferior ao valor do negócio. Também citarão o depoimento do ex-chefe da Polícia Civil Luiz Fernando Tubino, indicando ter informações do inquérito da Operação Rodin de que o empresário tucano Lair Ferst, um dos réus do processo por fraude de R$ 44 milhões no Detran, teria pago R$ 400 mil do custo do imóvel com sobras da campanha eleitoral de 2006.

Provas

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Tubino admitiu, no mesmo depoimento, que não tinha provas do que dizia. Ferst também negou ter participado do negócio. A Polícia Federal (PF) informou que a compra da casa de Yeda não foi mencionada durante a operação, que detectou o esquema de superfaturamento e distribuição de propina no Detran.