O PSOL acionou o STF para que o presidente Jair Bolsonaro seja chamado para explicar em juízo e para apresentar provas às suas declarações de que as eleições presidenciais de 2018, vencidas por ele, foram fraudadas.

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O partido também pede que Bolsonaro esclareça se sua afirmação de que o Brasil terá problemas piores do que os dos Estados Unidos caso o voto impresso não seja implantado se tratava de uma ameaça. Ele comentava a invasão do Capitólio por manifestantes insuflados por Donald Trump.

“Se nós não tivermos o voto impresso em 22, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos”, disse. “A fraude existe. A imprensa vai dizer ‘sem provas, ele diz que a fraude existe’. Eu não vou responder esses canalhas da imprensa mais. Eu só fui eleito porque tive muito voto em 2018”, completou Bolsonaro na quarta-feira (6).

“A minha [eleição] foi fraudada. Eu tenho indício de fraude na minha eleição. Era para eu ter ganhado no 1º turno. Ninguém reclamou que foi votar no 13 e a maquininha não respondia. Mas o contrário, quem ia votar 17 ou não respondia, ou apertava o 1 e já aprecia o 13”, também afirmou o presidente.

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Na interpelação judicial movida por Juliano Medeiros, presidente nacional do partido, o PSOL lista pelo menos outras sete vezes em que Bolsonaro disse que a eleição de 2018 foi fraudada, mas não mostrou provas.

Caso não tenha provas ou as possua e não tenha exibido, argumenta o PSOL, Bolsonaro pode ter incorrido em crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos poderes legislativo e judiciário, contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, e de improbidade administrativa.

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Além de possivelmente crimes eleitorais, prevaricação, advocacia administrativa, denunciação caluniosa e comunicação falsa de crime.

Sobre os comentários em relação aos Estados Unidos, o PSOL questiona se Bolsonaro está ameaçando instituições e partidos que participarão das eleições de 2022 e se ele tem intenção de convocar apoiadores para marcharem contra o Congresso.