PSDB vive dilema entre dois candidatos

O pré-candidato a governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB) disse ontem que a dificuldade do partido em definir quem será o candidato a presidente se deve ao fato de tanto o prefeito da capital paulista, José Serra, quanto o governador Geraldo Alckmin serem nomes fortes, capazes de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Quando se tem dois nomes fortes, expressivos, que têm condições tanto um quanto o outro de derrotar o adversário, cria-se um processo com uma certa dificuldade de se resolver", afirmou.

"Se houvesse um desbalanceamento muito grande entre eles, se tivéssemos nomes absolutamente díspares em termos de projeção nacional e de respeitabilidade, teríamos uma certa facilidade", acrescentou. Goldman evitou manifestar preferência por Serra ou Alckmin, alegando que a função como líder da bancada na Câmara dos Deputados é de coordenar as forças de forma a criar uma unidade na legenda

"Em primeiro plano, a função partidária que eu tenho é juntar as forças políticas para que tenhamos uma solução unitária", disse. Mas, seja quem for o candidato, ele disse ver Lula como um adversário "perfeitamente derrotável (sic)". "Se nós não errarmos, se escolhermos o melhor nome e fizermos uma campanha correta, equilibrada e decente, como pretendemos fazer, eu acho que nossas chances são muito grandes.?

Apesar de reconhecer que o presidente ainda tem uma força grande na população, Goldman ressaltou que ele possui também índices de rejeição equivalentes ou superiores aos de aprovação. Citando a pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) divulgada na semana passada, o pré-candidato do PSDB a governador de São Paulo afirmou que a preferência de 31% dos votos registrados por Lula reflete a visão de camadas de eleitores que ainda não tiveram acesso à totalidade das informações referentes às denúncias de corrupção que recaíram sobre o governo federal.

Goldman destacou ainda que as dificuldades enfrentadas pelo presidente não surpreenderam os que não votaram nele. "Nós que não votamos nele tínhamos a consciência da dificuldade que ele teria. O nível de formação e de informação que ele tem é deficiente", afirmou. Mesmo assim, o pré-candidato do PSDB a governador insistiu que ninguém esperava que as acusações envolvendo Lula e o PT atingissem os níveis observados nos últimos meses. "O que nós não imaginávamos é que os preceitos éticos e morais que eles (o PT) sempre defenderam fossem jogados na lata de lixo.?

Goldman acompanhou o prefeito de São Paulo, na tarde de ontem, a uma vistoria de obras do antigo Fura-Fila. Mesmo assim, o pré-candidato do PSDB e Serra negaram que o encontro tivesse qualquer conotação eleitoral. Goldman disse que sempre analisa as agendas do prefeito de São Paulo e do governador de São Paulo e que acompanha os dois tucanos sempre que possível. Segundo Serra, a presença do pré-candidato a governador na visita à obra deve-se, exclusivamente, ao fato de ele ter formação na área de engenharia.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo