Enquanto contabiliza o primeiro lugar do PSDB em número de votos no Estado nas eleições de domingo passado -1,03 milhão – e a segunda posição em número de prefeituras – 41 – o presidente do PSDB do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB), procura também administrar o conflito de interesses com os aliados para a sucessão estadual de 2010.

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Rossoni disse que o prefeito reeleito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), transformou-se em uma referência para o PSDB nacional, mas que sua candidatura ao governo daqui a dois anos é um assunto que terá de ser discutido com todos os partidos que compuseram a aliança que deu a vitória ao tucano, principalmente com o PDT do senador Osmar Dias (PDT).

Rossoni disse que não interessa a nenhum dos lados a divisão do grupo em 2010. “A frente deu bons resultados. A unidade da oposição é importante”, afirmou o presidente regional do diretório tucano.

Ele acha que a pergunta sobre quem será o candidato em 2010, se o senador Osmar Dias ou o prefeito, (e ainda tem o senador tucano Alvaro Dias) vai ter que ser respondida nas várias instâncias partidárias. “A eleição passa pelo Osmar e pelo Beto. A decisão deles é que dará o alinhamento dessa construção”, afirmou.

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Para os adversários, que estão apostando no esfacelamento do grupo a partir de uma possível disputa entre Beto e Osmar, Rossoni faz a seguinte observação: “Isso não é do estilo do Beto. Ele saiu grande da eleição. É uma referência nacional. Mas com o Beto é fácil de fazer política. Ele não vai impor nada. Ele tem o estilo da humildade”, afirmou o dirigente tucano.

Fidelidade

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No balanço feito pelo presidente tucano, o partido “se saiu melhor que a encomenda” nas eleições de domingo. Foram 17,44% dos votos nos municípios paranaenses onde as eleições foram encerradas no primeiro turno.

Considerando os votos de Ponta Grossa e Londrina, onde haverá o segundo turno das eleições, esse número salta para 1,4 milhão. Num total de quase 20% dos votos no Paraná, assinalou.

O bloco de oposição, formado pelo PSDB, PDT, PP, DEM e PPS, conquistou 153 prefeituras, citou o presidente do diretório tucano. Ele acha que, com a fidelidade partidária, esses números vão permanecer até 2010 e dar o suporte necessário para uma candidatura ao governo.

“Não vai haver migração para o partido do governador”, disse Rossoni, escaldado pela disputa de 2004, quando viu vários prefeitos eleitos pelo PSDB abandonarem a sigla para ficar mais próximos do governo do Estado.

A perspectiva de conquista de poder em 2010 também contribui para manter a lealdade dos prefeitos eleitos este ano e que vão tomar posse, acredita o presidente do PSDB. “O eleito de hoje está também de olho em 2010. E nós esperamos que essa perspectiva influencie para que a oposição continue unida”, comentou.