Paralelamente às negociações de alianças com o PDT, DEM, PPS, PP e outros partidos para a disputa do governo do Estado, os tucanos estão juntando suas fichas também para a eleição ao Senado. Além do deputado federal Gustavo Fruet, o partido discute agora o nome do deputado federal Alfredo Kaefer para concorrer a uma das duas vagas que serão abertas no próximo ano com o fim do mandato dos senadores Osmar Dias (PDT) e Flávio Arns (PSDB).

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Na reunião da executiva estadual, no início da semana passada, Kaefer demonstrou interesse em concorrer ao Senado. “O meu nome vem sendo ventilado pelas bases do partido. Eu disse à direção do PSDB que meu nome está à disposição do partido. Quem é que não gostaria de ser candidato ao Senado?”, ponderou Kaefer.

O tucano disse que a decisão é do partido, mas suas credenciais favorecem a indicação. Ele foi o terceiro deputado federal mais votado do Estado em 2006 e o segundo do PSDB no Estado. Kaefer fez 158 mil e 659 votos na primeira eleição que disputou. Kaefer tem base eleitoral na região oeste e é um dos empresários mais ricos de Cascavel.

A apresentação de Kaefer torna mais embolado um quadro em que, além de Fruet, há outras candidaturas ao Senado entre os partidos do grupo que reelegeu o prefeito Beto Richa. O DEM já tem como postulantes o deputado federal e presidente estadual do partido, Abelardo Lupion, o ex-governador João Elísio Ferraz de Campos. No PP, o deputado federal Ricardo Barros é o nome para concorrer ao Senado.

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Chapa completa

Para Kaefer, assim como o partido já tem dois nomes para disputar o governo o senador Alvaro Dias e o prefeito de Curitiba, Beto Richa é saudável que tenha várias opções para o Senado. “Eu me considero em condições de concorrer. Os nomes podem ser colocados. Depois, vamos avaliar se as circunstâncias são favoráveis. O importante é que o PSDB tenha alternativas”, disse.

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Kaefer integra a ala tucana que prefere candidatura própria ao governo a uma aliança com o PDT. “Eu vejo que o partido tem dois nomes fortes. Nós temos uma alternativa dentro de casa e as coisas têm um curso natural. Vamos deixar a água correr o leito do rio em busca do mar. E depois escolheremos entre os dois aqueles que estiverem melhor”, afirmou.

Para o deputado federal tucano, não se descarta o apoio a um candidato de outro partido aliado, mas a prioridade deveria ser o palanque genuinamente tucano. “Nós teremos um candidato a presidente da República. Ou o Serra ou o Aécio. Se na sucessão nacional teremos o 45 (número do PSDB), não vejo como possa ser diferente no Estado”, comentou o deputado, lembrando que sua posição está de acordo com a orientação da executiva que, em reunião há alguns meses, decidiu dar preferência à candidatura própria ao governo.