PSDB representa presidente do Cade na Procuradoria

O PSDB apresentou uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Carvalho, para investigá-lo devido à omissão em currículos públicos da atuação como chefe de gabinete do deputado estadual em São Paulo Simão Pedro (PT).

O pedido também envolve o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), eles são responsáveis pela prestação de informações de Vinícius ao Senado, quando este foi sabatinado pelos senadores, em maio do ano passado.

A representação solicita a averiguação sobre ilícitos como “improbidade administrativa, exercício de atividade político-partidária, uso de informação privilegiada, falsidade ideológica e crime de responsabilidade”.

Nunes também formalizou um convite para que Vinícius preste esclarecimentos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), responsável pela análise de sua indicação. “Espero, primeiro, que ele aceite o convite. Depois, que ele explique porque omitir essa informação. Não consigo ver uma explicação plausível.”, destacou.

Aloysio Nunes apresentou nesta quinta-feira, 26, também um projeto de resolução para alterar o Regimento Interno da Casa e obrigar a descrição das “atividades profissionais exercidas pelo indicado, com a discriminação dos referidos períodos e, se for o caso, informações detalhadas quanto à nomeação, nos últimos quinze anos, para cargos de provimento em comissão e para função de confiança”.

Antes de trabalhar como chefe de gabinete do deputado Simão Pedro, atual secretário de Serviços do governo de Fernando Haddad (PT), Vinícius Carvalho foi assessor na secretaria de habitação do governo Marta Suplicy. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), candidato à presidência do PT, foi quem teria indicado Carvalho para o cargo no gabinete de Simão Pedro. “Nesse tipo de função, não é decoroso oferecer a militante ativo de partido político”, criticou o senador.

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