O PSDB preparou um contra-ataque às investidas da presidente Dilma Rousseff, que tenta recuperar o apoio de partidos da base governista rachados nos estados e que agora estão pedindo votos para a oposição. A ordem do candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) é reforçar os chamados “contatos de convivência” com todos os novo aliados, em todo o Brasil. “Estamos travando um eterno abrir e fechar de portas com os aliados da base governista. Os petistas fecham, a gente abre, os petistas tentam entrar, a gente fecha”, metaforizou um dos coordenadores do núcleo político da campanha tucana.
Contra a ofensiva da presidente Dilma Rousseff, que tinha marcado um jantar na noite de hoje com prefeitos do PMDB no Rio, com a intenção de conter o movimento “Aezão”, Aécio pediu para o presidente estadual da legenda no estado, Jorge Picciani, ligasse para todos os prefeitos fluminenses da legenda para marcar posição e reforçar os benefícios do apoio informal ao PSDB.
Coordenador nacional da campanha de Aécio, o senador José Agripino (DEM-RN) acredita que a petista pode tentar, mas não influenciará os dissidentes. “Não será um almoço que vai inverter uma situação criada com três anos de maus tratos. Pode até conseguir algum convencimento na cúpula, mas a relação com a base do partido, que é quem está na rua, essa é irrecuperável. Ela pode fazer mil almoços.”
Integrante da equipe de campanha tucana, o ex-vice governador de São Paulo Alberto Goldman questiona: “Quais são os argumentos que a Dilma tem para usar com os prefeitos? Liberação de recursos já não pode mais. Eles vão achar que ela é simpática agora?”
Na segunda-feira, 28, haverá em São Paulo uma reunião com todos os coordenadores regionais da campanha em que será reforçada a orientação de manter os apoios bem costurados.