Com o DEM como aliado preferencial, o PSDB procura limitar ao Distrito Federal o escândalo da existência de suposto esquema de propina e de caixa 2 envolvendo o governador José Roberto Arruda (DEM), sem abalar a aliança nacional. Os tucanos identificam como “gravíssimos” os fatos envolvendo o governador revelados até agora, com um flagrante de recebimento de dinheiro, e consideram insustentável a permanência de Arruda no partido. Porém, o compromisso eleitoral com o DEM, que se repete desde a eleição de 1994, será mantido.
“Em relação à aliança, o DEM será um dos principais aliados no ano que vem”, afirmou o deputado Edson Aparecido (PSDB-SP), vice-presidente do PSDB. “Ficou clara na reunião da Executiva na terça-feira passada que a aliança está preservada. Esse é um sentimento tanto do PSDB quanto do DEM. A questão está razoavelmente administrada”, afirmou.
Para Aparecido, o PSDB tomou a decisão correta de retirar os tucanos do governo Arruda e abrir procedimento no Conselho de Ética do partido contra seus integrantes citados na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF).
O escândalo derrubou o presidente do PSDB-DF, Márcio Machado, autor de uma planilha com o nome de 41 empresas que teriam sido abordadas para fazer doação à campanha de Arruda, ao lado de valores que somam R$ 11 milhões. O PSDB também tinha dois integrantes no primeiro escalão do governo do Distrito Federal.