Sucessão

PSDB homologa Beto e aguarda decisão de Osmar

Como esperado, o senador Osmar Dias (PDT) não apareceu, não enviou representantes mas também não fechou as portas para uma eventual aliança e a convenção do PSDB, realizada ontem, deixou aberta as duas vagas (vice-governador e senador) que ofertou ao PDT para uma coligação às eleições de outubro.

Milhares de militantes e simpatizantes reuniram-se no Expotrade Pinhais para homologar a candidatura do ex-prefeito Beto Richa ao governo do Estado, por uma aliança que, hoje, já conta com outros sete partidos (PSB, PP, PTB, PTC, PMN, PSDC e PHS).

Mesmo ainda vivendo a angustia da indefinição de Osmar Dias, o clima foi de otimismo. “A expectativa é muito forte de concretizarmos essa união. Nunca escondi a admiração que tenho pelo senador Osmar Dias. Somos amigos, caminhamos juntos nas três últimas eleições e o caminho natural dele é conosco. Aqui ele não teria que dar nenhuma explicação à opinião pública”, disse Beto Richa.

“Todos estamos de braços abertos esperando para que Osmar Dias seja nosso candidato ao Senado. E ontem (sexta-feira), na carta que nos encaminhou, com o pedido de autorização à direção nacional do PDT para coligar conosco. Conversamos demoradamente com ele nesta semana e cremos que essa é a vontade dele”, acrescentou o ex-prefeito de Curitiba.

O tom otimista foi mantido pelo presidente do partido, deputado estadual Valdir Rossoni. “Temos que acreditar no que Osmar Dias nos falou, na manifestação dele do interesse em fazer a aliança. Agora, depende do diretório nacional. Aguardaremos até terça-feira. Por isso, deixamos abertas as candidaturas a vice-governador e uma para o Senado”, afirmou o dirigente regional do PSDB.

A segunda vaga ao Senado, apesar da discussão foi destinada a Ricardo Barros (PP). Ex-vice-líder do governo Lula, Barros realizou a convenção de seu partido no mesmo espaço e horário que o PSDB, garantindo a aprovação da coligação.

“O PP do Paraná sempre esteve deste lado. Apoiamos Serra e Alckmin nas últimas eleições nacionais. O que acontece é que nenhum governo têm maioria na Câmara Federal só com os partidos com que compôs na eleição e, aí, busca a governabilidade. Por isso participamos do governo Lula. Mas também fui líder do Fernando Henrique”, lembrou.

Barros também defendeu a coligação com o PDT, mesmo que a candidatura de Osmar Dias possa ser mais um obstáculo para sua eleição ao Senado. “Ele também é nosso aliado histórico. Tem que estar conosco nessa chapa vencedora. Com ele junto, o Beto vence no primeiro turno e nós elegemos os dois senadores”, declarou.

No discurso para os correligionários, Beto disse querer “promover uma grande revolução na forma de administrar o Estado, com as boas práticas empregadas na administração da capital paranaense”.

O candidato, que prometeu atenção especial à agricultura e à segurança pública, disse que será “um governador-prefeito dos 399 municípios de nosso Estado, porque é na cidade que precisamos fazer a transformação”, afirmou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna