Pressionados por líderes de movimentos contrários ao governo a assumir a bandeira de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso, as bancadas do PSDB na Câmara e no Senado ensaiam uma aproximação com os grupos de manifestantes e discutem nessa terça-feira, 14, a possibilidade de levar adiante a formalização do pedido de impedimento.
O vice-presidente do partido e líder da minoria na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), defenderá a proposta no encontro das bancadas com o presidente tucano, senador Aécio Neves (MG). “A minha posição é a de que chegamos ao limite de uma insatisfação clara e expressiva que deve ser construída, de forma legítima e dentro das regras constitucionais, em forma de um pedido de impeachment da presidente Dilma”, disse Araújo.
Segundo ele, há “elementos suficientes” para apresentar a proposta. “É algo que começa a tomar conta do conjunto de partidos de oposição. Há uma percepção na bancada (tucana) também que isso começa a tomar tamanho”, disse o líder. Em reserva, líderes tucanos dizem temer que o PSDB perca o protagonismo no campo da oposição para outros partidos, como o Solidariedade, que já apresentou proposta e coleta assinaturas para o impeachment da presidente.
Em outra frente, Aécio vai se aproximar dos líderes dos movimentos contra Dilma, que mudaram de estratégia e agora pretendem pressionar diretamente o Congresso pela saída de Dilma. Segundo o presidente estadual do PSDB de Minas, Marcus Pestana, um dos principais aliados de Aécio no Estado, o senador convidará, nos próximos dias, líderes dos movimentos “Vem Pra Rua” e “Brasil Livre”, entre outros, para dialogar. (Colaborou José Roberto Castro)