A implosão da candidatura do presidente da Câmara Municipal, vereador João Cláudio Derosso, a vice-prefeito de Curitiba, está provocando uma reformulação da estratégia eleitoral dos tucanos para a eleição do próximo ano, em Curitiba. O PSDB está buscando alternativas não para repetir, mas para pelo menos não ficar tão distante do desempenho da eleição de 2006, quando o partido elegeu treze vereadores.
A opção em vista, no momento, é a transferência de boa parte dos atuais vereadores tucanos para uma nova legenda, possivelmente, o recém-nascido PSD. Embora se apresente como um partido independente, o PSD, por sua formação no estado, tem tudo para ser um novo aliado do governador Beto Richa e do seu candidato a prefeito, Luciano Ducci (PSB).
Também poderiam se abrigar no PSD os vereadores pedetistas que não quiserem seguir o caminho da oposição na disputa do próximo ano. O coordenador do PSD em Curitiba, Ney Leprevost, confirma que na lista de possíveis filiados ao partido estão alguns vereadores. Leprevost, entretanto, não revela os nomes para não prejudicar as negociações.
Porém, mesmo o PSD tem limites estabelecidos. O novo partido não pretende lotar a chapa com candidatos que já têm mandato, o que dificultaria a eleição de vereadores do partido. No máximo, o PSD receberia três vereadores candidato à reeleição.
O perfil
O atual secretário especial de Habitação, Osmar Bertoldi (DEM) é o nome da vez, mas outras possibilidades estão sendo sondadas para completar a chapa de Ducci. Dependendo do cenário, o candidato a vice-prefeito na chapa de Luciano Ducci muda de perfil. Na avaliação do grupo, se uma candidatura com feições populares emplacar na oposição, como seria o caso do deputado federal Ratinho Junior (PSC), Ducci teria que ir em busca de um nome que atue nessa faixa do eleitorado. As opções são poucas no grupo, mas é por isso que o PSD por exemplo está buscando filiar o ex-deputado Luiz Carlos Martins, atualmente no PDT, para oferecer como um possível candidato a vice.
Se o adversário mais forte de Ducci for o ex-deputado Gustavo Fruet, o estilo exigido seria outro. Neste caso, Bertoldi ou Leprevost estão entre as alternativas.