O PSD do Rio oficializou em convenção na manhã deste sábado o apoio à chapa “Aezão” que reúne o governador fluminense Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves. A reunião também marcou a aliança para a eleição do ex-governador do Rio, Sergio Cabral, ao senado federal.

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Em nível nacional o partido deverá anunciar aliança com o PT pela reeleição da presidente Dilma Rousseff na convenção marcada para a próxima quarta-feira (25). “Com todo o respeito ao PSD nacional nós tivemos a liberdade democrática de decidir quem é nosso candidato. E ele é Aécio Neves”, disse o presidente da legenda no Rio, Índio da Costa.

O governador Luiz Fernando Pezão chegou à convenção acompanhado de Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Questionado sobre a aliança firmada ontem entre o PT e o PSB, do presidenciável Eduardo Campos, o governador afirmou não estar surpreso. “Já estava desenhada. Sempre houve uma proximidade muito grande entre on PSB e o PT”, afirmou.

Líder do Governo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado estadual André Corrêa (PSD-RJ) atacou a União entre os dois partidos no Estado. “Aqui a gente consolida o “Aezão” e já vê uma aliança no outro campo onde quem foi para a rua defender os royalties abraça quem quis tirar os royalties do Rio. Ou seja, é uma suruba geral”, disse, em referência ao senador e candidato ao governo do Rio Lindbergh Farias e a Eduardo Campos, opositor do Rio na briga pelos royalties do petróleo.

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Ontem Lindbergh anunciou que o deputado federal Romário (PSB) disputará a vaga no senado em sua chapa. Já a deputada Jandira Feghali (PCdoB) não vai mais buscar a vaga, mas sim a reeleição. A nova conjuntura poderia dificultar o caminho de Cabral até o senado. O ex-governador, entretanto, foi taxativo ao reafirmar sua candidatura e descartou que ela fique fragilizada com o apoio do PT a Romário. “Não vejo assim. Eleição é assim mesmo”, disse o ex-governador.

Apesar do apoio a Cabral, Índio da Costa admitiu que a união Lindbergh-Romário dá fôlego aos dois candidatos, além de um palanque a Eduardo Campos no Rio. Mas afirmou que nada muda para Cabral, beneficiado por um “maior lastro político e de serviços prestados” ao Estado.

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No palanque da convenção, que lotou um teatro no centro do Rio com cerca de 500 pessoas, o prefeito Eduardo Paes gerou comoção na plateia ao cometer um ato falho e se referir a Ronaldo Cezar Coelho (PSD), primeiro suplente de Cabral ao senado, pelo nome de Romário.

Já Pezão e Cabral fizeram um discurso exaltando políticas de seu governo no Estado, como as UPPs, e sem mencionar a eleição presidencial, em que mantêm o discurso de apoio à presidente Dilma apesar da dissidência do PMDB.

O PSD-RJ confirmou sua chapa de deputados estaduais e federais. A realização de coligações foi delegada à executiva nacional do partido.