O presidente do PSD-RJ, ex-deputado Indio da Costa, anunciou na noite desta terça-feira que o partido indicará o candidato a senador na chapa do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), depois do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) desistir da disputa.
O nome indicado pelo PSD será do ex-deputado e ex-tucano Ronaldo Cezar Coelho. Segundo Indio, Cabral anunciou a desistência de concorrer ao Senado ontem, em jantar com o dirigente do PSD. “Foi um gesto consistente do governador Cabral. Demonstra que ele prioriza a eleição do Pezão”, afirmou Indio. Se disputasse o Senado, Cabral enfrentaria uma dura disputa com o futuro candidato do PSB, o deputado e ex-jogador Romário. Dirigentes do PMDB dizem, no entanto, que Cabral vinha melhorando nas intenções de voto, segundo pesquisas internas.
Ao abrir mão da disputa ao Senado, o ex-governador conseguiu manter o PSD na aliança de Pezão. O partido ameaçava retirar o apoio ao governador desde que, há duas semanas, Cabral e Pezão comunicaram que entregariam ao PDT a vaga de candidato a vice-governador. Com Cabral candidato ao Senado, não haveria lugar para o PSD na chapa majoritária. Indio, então, abriu diálogo com o candidato do PT, Lindergh Farias, que ofereceu ao PSD a candidatura ao Senado em sua chapa. No entanto, a desistência de Cabral fez o PSD voltar à aliança com o PMDB.
Apesar de o PSD em nível nacional prometer apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro o partido está com o candidato do PSDB a presidente, Aécio Neves. Indio foi candidato a vice de José Serra (PSDB) na disputa presidencial de 2010 é sempre deixou claro a qualquer possível aliado na disputa estadual deste ano que faria campanha para Aécio.
O PSD, aliado a uma ala do PMDB liderada pelo presidente da legenda no Rio, Jorge Picciani, lançou, em abril, a chapa “Aezão”, que reúne Aécio e Pezão e reúne também o Solidariedade e o PP. No próximo dia 5, partidos aliados de Aecio, inclusive os que não apoiam Pezão, farão um ato público pela candidatura do tucano, no Rio. Pezão e Cabral têm dito que farão campanha pela reeleição de Dilma, mas trabalham pela adesão dos partidos aliados de Aécio à coligação de Pezão.