Pregando independência do governo federal, a cúpula do PSD formalizou hoje a bancada do partido na Câmara. É com base no número de deputados federais que o partido protocola ação, daqui a duas semanas, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reivindicar recursos do fundo partidário e tempo do horário eleitoral gratuito de televisão e rádio para as eleições de 2012. O PSD espera receber cerca de R$ 20 milhões, em 2012, do fundo partidário.
No início da noite de hoje, a informação oficial da Câmara era que a nova legenda nasce com 50 deputados. No site do PSD, no entanto, 55 deputados federais aparecem como os mais novos integrantes da sigla. O partido teria sofrido pelo menos uma baixa com a desfiliação de Berinho Bantim (PSDB-RR), que foi convencido pelo presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), a permanecer no ninho tucano.
“Estou indo atrás para checar essa informação. Parece que ele saiu sim”, admitiu o líder do PSD, deputado Guilherme Campos (SP). O PP do senador Francisco Dornelles (RJ) também garante ter perdido três deputados para o partido do prefeito Gilberto Kassab e não cinco, conforme foi contabilizado. Sete secretários se licenciaram de seus cargos para assumir temporariamente suas vagas na Câmara e, dessa forma, o PSD se credenciar para ter a terceira maior bancada da Casa.
A festa do oficialização da bancada federal do PSD contou com a presença de lideranças quase todos os partidos. Um dos mais entusiasmados foi o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Aliado de primeira hora de Kassab, o socialista deixou claro que o PSD será parceiro preferencial nas eleições municipais de 2012. “PSB e PSD vão estar juntos em muitos municípios em 2012”, disse o governador. “O PSD não vem para se alinhar automaticamente ao governo e sim para apoiar a causa da erradicação da pobreza”, emendou o presidente nacional do PT, Rui Falcão. A cúpula do DEM, legenda dizimada pelo assédio do PSD, não apareceu no evento.