O PSD acaba de decidir que vai apoiar em São Paulo a candidatura do presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que disputará o governo do Estado de São Paulo pelo PMDB. A decisão foi tomada após encontro realizado nesta sexta-feira, 27, entre os principais líderes da legenda fundada pelo ex-prefeito da capital Gilberto Kassab. A adesão do PSD era a mais aguardada nas eleições no Estado e foi objeto de disputa entre o PMDB e o PSDB do governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição neste pleito, que esperava ter o apoio desta sigla.
O apoio ao PMDB em São Paulo difere do acordo que estava sendo costurado com os tucanos no Estado. Uma fonte da sigla disse à reportagem que, diferentemente do que estava sendo costurado com o PSDB, que inicialmente incluía a abertura de vaga de vice na chapa de Alckmin e, posteriormente, a vaga ao Senado, o apoio a Paulo Skaf não implica necessariamente na cessão de algum cargo na chapa majoritária. O tempo de TV do partido de Kassab é de 1,5 minuto.
Com a decisão, o PSD mantém o alinhamento da aliança nacional que fechou com o PT da presidente Dilma Rousseff. Mesmo o PT tendo candidatura própria em São Paulo, com o ex-ministro Alexandre Padilha, a candidatura Skaf é avaliada como importante pelo governo federal, pois o PMDB é o mais importante partido da base aliada.
A informação surpreendeu até mesmo integrantes do PMDB que não tinham sido informados do acordo, no início da tarde desta sexta, alguns, inclusive, davam como certo o acordo de Kassab com o PSDB de Geraldo Alckmin. Ao abrir a possibilidade de Kassab integrar a chapa majoritária ao Senado federal, o governador de São Paulo acabou abrindo uma crise interna na legenda porque o posto já havia sido oferecido ao ex-governador José Serra.
O anúncio de que o PSD vai apoiar o PMDB em São Paulo será feito oficialmente nesta sexta à tarde na sede da sigla em São Paulo.