O PSB do Paraná está fazendo uma dobrada eleitoral fora do padrão das composições entre candidaturas ao governo e à presidência da República. A campanha dos filiados e militantes do PSB junta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o senador Osmar Dias (PDT). O pedetista apóia Geraldo Alckmin (PSDB) à sucessão presidencial.
O presidente estadual do partido, Severino Araújo, garante que não há contradições nesta combinação. Araújo disse que o PSB está mantendo, no segundo turno, a coerência de suas posições adotadas no primeiro turno das eleições. Ele disse que a direção nacional do PSB decretou apoio formal a Lula neste segundo turno, depois de ter se mantido oficialmente fora da campanha do petista no primeiro turno.
No Paraná, o PSB integra a coligação em torno da candidatura do senador Osmar Dias. Araújo observou que o apoio de Osmar a Alckmin, declarado no início do segundo turno, não interfere na postura do seu partido. O PSB continua incorporado à campanha do pedetista, frisou.
?Não há nenhuma contradição neste fato. O apoio a Alckmin é uma decisão do PDT, do partido do senador. Nós estamos seguindo uma orientação nacional de apoio a Lula. Nós nunca apoiamos o Alckmin, mesmo no primeiro turno, quando não houve apoio formal ao PT?, disse o dirigente do PSB paranaense.
Ele afirmou que o eleitor não estranha a composição. Araújo cita o exemplo do PMDB, onde há adeptos de Alckmin e de Lula, e também do PT. Segundo ele, em Foz do Iguaçu, o diretório municipal do PT havia manifestado apoio ao senador Osmar Dias neste segundo turno, antes de ser advertido pela direção estadual do partido. ?Por problemas locais, o PT de Foz queria apoiar o Osmar. Na semana passada é que eles mudaram de posição?, comparou.
No Paraná, o PT e o PMDB têm acordo de apoio mútuo. Os petistas pedem votos para o governador Requião e os peemedebistas fazem campanha para o presidente Lula.