Embora não tenha assumido a candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República, o PSB se movimenta nos bastidores para montar um palanque em São Paulo para o presidenciável. Nesta sexta-feira, após encontro de Campos com prefeitos do Estado, realizado em Santos, o presidente do PSB paulista, deputado federal Márcio França, admitiu que a sigla deve discutir com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) um palanque duplo (para Aécio e para Campos), caso não consiga viabilizar uma candidatura própria. A mais cotada para a missão de se lançar candidata ao governo paulista em favor de Campos seria, em sua opinião, a deputada federal Luíza Erundina.

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“Ele (Campos) sendo candidato a presidente, terá de ter um palanque em São Paulo. Ou o governador Alckmin abre esse palanque ou vamos ter candidato próprio”, afirmou França. Ao saber que Campos estaria no Estado palestrando no 57º Congresso Estadual de Municípios, o governador tucano o convidou para um jantar na capital paulista, mas ele recusou por já ter um convite para jantar com parlamentares paulistas em Santos.

Outra possibilidade de palanque paulista para Campos, considerada pelos pessebistas, é a candidatura do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). França lembrou o apoio do PSB na formação da legenda de Kassab. “Nós o ajudamos bastante. A gente espera que ele tenha essa consideração”, disse o cacique do PSB, assumindo que sabe da dificuldade em convencer o PSD, uma vez que existe uma aproximação do partido de Kassab com o PT da presidente Dilma Rousseff.

Segundo França, oficialmente as discussões sobre o futuro da aliança PSB-PSDB em São Paulo não foram abertas, uma vez que Campos ainda não definiu sua candidatura. A própria Erundina, que desconversa sobre sua possível candidatura ao governo de São Paulo, diz que sua missão em 2014 é “ajudar a eleger o Eduardo”. “Pelo partido, ele seria candidato, sou a principal defensora da candidatura dele”, comentou. “Nós queremos o novo no País”, completou a deputada, seguindo slogan estampado em camisetas e faixas de militantes que foram trazidos de diversas partes pelo diretório estadual ao evento.

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Golpe de 1964

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Erundina também comentou o termo “revolução” utilizado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao se referir ao Golpe Militar de 64. “Pelo amor de Deus, é um equívoco histórico”, afirmou.