Um grupo de sete deputados resolveu constituir um bloco independente na Assembleia Legislativa, que pode provocar uma pequena fissura na sólida base do governo na Assembleia Legislativa. O líder do bloco, Leonaldo Paranhos (PSC), disse que não haverá aproximação com a oposição, mas que a bancada também não poderá ser considerada integrante da situação. “Nós queremos mostrar que não somos nem do governo nem da oposição. Que somos independentes e não estamos no rolo compressor”, afirmou.
No bloco estão os três deputados do PSB, Hermas Brandão Junior, Reni Pereira e Gilberto Ribeiro, dois do PSC, Paranhos e Gilson de Souza, um do PSD, Marla Tureck e um do PRB, Pastor Edson Praczyck.
Paranhos garante que não houve nenhum desentendimento específico com o governo que pudesse provocar o afastamento da base. Mas há certo desconforto entre alguns deles em relação ao governo por considerar que o grupo não está sendo chamado a participar das decisões da base de apoio. Paranhos, por exemplo, foi um dos que criticou a decisão do governo de instalar em Marechal Cândido Rondon o Batalhão de Fronteira, que reivindicava para Cascavel.
Reni Pereira afirmou que a decisão sobre a posição do bloco será tomada na próxima semana. “Vamos nos reunir e ver qual será o rumo do bloco”, disse o deputado. Os sete deputados sempre votaram com o governo e já se posicionaram em bloco a favor do Palácio das Araucárias quando votaram pela indicação do conselheiro Ivan Bonilha, candidato do governador Beto Richa ao Tribunal de Contas.