PSB expõe Campos e PMDB esconde Cabral na TV

As inserções estaduais do PSB em São Paulo, que começaram nesta quarta-feira em rede nacional de rádio e TV, pretendem fortalecer a imagem e chancelar a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O atual presidente da legenda aparece na maior parte das inserções ‘disputando espaço’ com membros regionais. “O PSB de São Paulo decidiu ter candidato próprio e nós vamos lutar por isso”, é a mensagem que o presidente estadual da legenda, deputado Márcio França (PSB-SP), repete na maioria dessas inserções.

França, aliás, é o grande defensor da candidatura de Campos. Na última sexta-feira, 9, o diretório estadual realizou a apuração dos votos dos 500 escritórios municipais para verificar o apoio à candidatura de Campos e a saída da legenda da base aliada do governo da presidente Dilma, já no mês de setembro, e o resultado foi que 97% votaram a favor. “O tempo vai dizer se estamos certos ou não”, reitera o dirigente, ao apostar na candidatura do governador de Pernambuco ao Palácio do Planalto.

Para França é natural que Campos ainda seja mais comedido e espere o momento certo para realmente se lançar candidato, mas não há como negar que “todo mundo que é político tem o sonho de se candidatar a um maior cargo”. “Às vezes, ele (Campos) deixa escapar esse sentimento de coração”, avaliou.

O presidente estadual do PSB afirmou ainda que tem um encontro programado para a próxima segunda-feira, 19, em Recife para apresentar a Campos dados que corroboram a percepção de que sua candidatura pode ter força. “Vamos mostrar uma pesquisa importante. Já há algumas cidades em que ele aparece empatado com o Aécio (Neves, provável candidato tucano)”, afirma.

França avaliou ainda a mudança de postura do ex-presidente Lula, que deixou de lado críticas mais ácidas à possível candidatura de Campos e passou a fazer acenos mais leves. “Antes de julho havia uma esperança maior de a presidente Dilma ser reeleita no primeiro turno, mas as coisas mudaram e é muito provável que haja segundo turno. Talvez ele (Lula) percebeu que não é um mau negócio ter ‘dois’ candidatos”, ponderou.

Sem Cabral, nem Pezão

Enquanto o PSB expõe Eduardo Campos, outro partido da base aliada do governo, o PMDB decidiu adotar uma estratégia totalmente oposta em seu programa partidário do Rio de Janeiro. Em razão dos crescentes protestos que pedem a saída do governador Sérgio Cabral (PMDB), a sigla decidiu preservar sua imagem e não vai expô-lo nessas inserções. A mesma estratégia é usada também para o seu vice, Luiz Fernando Pezão, pré-candidato ao governo do Estado em 2014. Nas inserções que o partido preparou, as mensagens escolhidas mostram imagens genéricas do Rio e tentam destacar ‘feitos’ do governo peemedebista como a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e obras de ampliação de estradas, extensão do metrô, além de destacar o PAC das Comunidades e o Arco Rodoviário.

Um dos vídeos, voltado apenas para a questão da segurança, começa afirmando que “não faz muito tempo parecia impossível ver o Estado enfrentar traficantes e milicianos e melhorar a segurança”. A mensagem destaca ainda a redução dos índices de criminalidade no Estado e atribui as conquistas diretamente às UPPs.

Na outra inserção, mais voltada para expor investimentos em infraestrutura, o PMDB destaca “ninguém aguentava mais ver projetos importantes que nunca saiam do papel” e ressalta que “em apenas seis anos, o partido mudou essa realidade”.

Nas duas campanhas, o partido reconhece que ainda é preciso fazer mais, porém finaliza afirmando que são “conquistas recentes que você não pode abrir mão”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna