O líder do PSB na Câmara Federal, Beto Albuquerque, afirmou nesta segunda-feira que o PT não pode querer fazer um plebiscito “de afogadilho”, com questões que interessam apenas ao PT. “O Congresso deve abrir canais de diálogo, ferramentas de interação com a sociedade”, defendeu ele, antes de entrar para uma reunião da executiva nacional do partido, em um hotel do Recife. “O afogadilho permitirá que se pergunte ao povo o que ele não quer”.

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“Um plebiscito só é legitimo se tiver espaço para colher do povo o que ele quer opinar”, destacou. Segundo ele, a reunião tem por objetivo analisar o momento nacional e definir orientações a serem adotadas por governadores, prefeitos e vereadores do partido “que possam ir ao encontro do povo”, a exemplo da transparência e interação com a população através de portais digitais a serem criados. “As pessoas querem ser ouvidas e tem de ter ferramentas para isso”.

Participam da reunião da executiva cinco governadores do PSB – o de Pernambuco, Eduardo Campos (PE), presidente nacional do partido, Ricardo Coutinho (PB), Renato Casagrande (ES), Wilson Martins (PI) e Camilo Capiberibe (AP). O único governador ausente foi o do Ceará, Cid Gomes, mas seu irmão Ciro Gomes está presente, assim como o líder do Senado Rodrigo Rollemberg, os deputados Luíza Erundina (SP), Márcio França (SP) e Júlio Delgado (MG), o vice-presidente do partido, Roberto Amaral e o secretário-geral Carlos Siqueira, além de três prefeitos.

Pesquisa

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Beto Albuquerque avaliou que o crescimento de 6% para 7% do presidenciável Eduardo Campos não foi fraco, ao comentar pesquisa do Datafolha. “Não acho que crescimento foi pequeno, em se tratando de alguém que sequer é candidato e tem apenas 20% de conhecimento nacional”, observou. “Isto significa que ele tem 35% dos que o conhecem”.

O fato de Campos não ter sido favorecido com a queda de 27 pontos na aprovação da presidente Dilma se deve justamente ao fato de ele ser pouco conhecido nacionalmente. Para ele, Campos faz parte de uma nova geração e é “uma liderança emergente consistente na política brasileira”, que se tornará conhecido “no momento certo”.

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Observou que se ele for candidato à Presidência da República, “a campanha política vai se encarregar de torná-lo conhecido rapidamente”.

Fortalecimento dos partidos

Embora o partido defenda uma “reforma de Estado”, que amplie as questões relativas unicamente a uma reforma política, o líder do PSB na Câmara citou alguns pontos defendidos pelo PSB numa reforma política: a unificação das eleições – com mandatos de cinco anos para todos (de vereador a presidente) e fim da reeleição para o executivo – e uma mesma coligação de partidos em todos os níveis das eleições. O impedimento de coligações diferentes obriga, segundo ele, a se ter coerência nacional nas alianças e leva ao fortalecimento dos partidos. O PSB também é contra a candidatura avulsa, porque é uma negação da existência dos partidos. Para ele, a população, que mostrou rejeição aos partidos, deve ajudar a melhorar as legendas, porque “não existe democracia sem partidos políticos”.