O presidente do PSB mineiro, deputado federal Júlio Delgado, admitiu nesta terça-feira a possibilidade de se candidatar ao governo do Estado e dar palanque ao ex-governador Eduardo Campos (PE), pré-candidato da sigla à Presidência, no segundo maior colégio eleitoral do País.

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A disposição de Delgado é mais um indicativo do rompimento do acordo entre Campos e o presidenciável do PSDB, Aécio Neves. A costura previa que o PSB apoiasse o futuro candidato tucano em Minas, Pimenta da Veiga, enquanto o PSDB se aliasse ao nome lançado por Campos em Pernambuco – Paulo Câmara. Delgado afirmou que o “sentimento” por uma candidatura própria “tem crescido” no PSB-MG e que, apesar de ele defender a aliança com os tucanos, seu nome é o preferido pelas lideranças mineiras e pela direção da legenda. O deputado disse também que não vai “fugir da luta”.

Em Minas, os representantes do Rede Sustentabilidade, incluindo a ex-ministra Marina Silva, pré-candidata a vice do pernambucano, rechaçam aliar-se aos tucanos. O grupo já lançou o ambientalista Apolo Heringer para disputar a convenção do PSB. Hoje, na Bahia, Campos disse que não vai interferir no debate do diretório mineiro do partido. “A decisão nos Estados é decisão dos Estados”, afirmou. “Somos um partido que tem democracia interna, que tem foros para debates.” Campos lembrou da aliança que o PSB tem com o PSDB em Minas desde 2006, mas considerou que a incorporação da Rede trouxe uma nova realidade para a articulação. “Se não houver entendimento, como uma democracia prevê, a questão será resolvida no voto”, afirmou o pré-candidato do PSB.

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