A partir deste ano, alunos da rede pública do Paraná passarão por uma nova avaliação para medir o grau de aprendizado adquirido nas séries dos ensinos Fundamental e Médio. O teste, chamado Prova Paraná, terá a primeira edição aplicada na próxima quarta-feira (13). Depois, a avaliação deve ser feita com frequência bimestral.
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De acordo com o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, a prova tem uma função distinta da desempenhada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), vinculado ao Ministério da Educação. “A nossa avaliação é diagnóstica, com o objetivo de ajudar o professor a avaliar o aprendizado dos alunos individualmente”, explica.
Os primeiros testes, com 20 questões objetivas, são destinados a avaliar apenas os conhecimentos de Língua Portuguesa e Matemática. Até o final do ano, segundo o secretário, serão incluídas provas a respeito de Ciências da Natureza e Ciências Humanas.
Como vai funcionar?
Nessa primeira edição, 600 mil alunos atendidos pela rede pública serão submetidos à prova. São estudantes do quinto ano do Ensino Fundamental, de mais de 390 municípios que aderiram ao projeto; do sexto e do nono anos da rede estadual; e do primeiro e do terceiro anos do Ensino Médio. Por enquanto, estudantes do sétimo e oitavo anos do Ensino Fundamental, e do segundo ano do Médio, não realizam as provas.
“Na próxima aplicação, em junho, devem ser incluídos todos os alunos. Como é a primeira edição, podemos enfrentar alguns problemas, mas estamos trabalhando para eliminar qualquer possibilidade de falha”, diz o secretário.
Após a aplicação da prova, equipes nas escolas terão de baixar um aplicativo fornecido pela Secretaria de Educação (Seed). Com a ferramenta, os funcionários deverão fotografar o cartão-resposta preenchido por cada um dos estudantes, enviando os resultados à própria Seed. A previsão é de que, até o final deste mês de março, os resultados sejam divulgados para os professores, pedagogos e diretores das escolas.
A Seed ainda avalia se o desempenho geral, sem a identificação dos alunos, será disponibilizado à sociedade.
“Com os dados, o professor pode avaliar o que a turma dele menos aprendeu e corrigir essa defasagem ao longo do ano. É possível também ver o resultado aluno a aluno, questão por questão, dando um tratamento mais individualizado à avaliação”, defende o secretário.
Como foi feita a prova?
Para viabilizar a realização do novo teste, de acordo com o secretário Feder, o governo do Paraná contou com a parceria de entidades de outros estados. A prova foi formulada pela equipe da própria secretaria e do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd), vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Já o aplicativo foi desenvolvido pela Mira Educação, empresa voltada a tecnologias educacionais para escolas públicas.
Segundo Feder, o único custo do estado foi com parte da impressão das provas. Outra parcela foi bancada pela própria Mira.
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