A cerimônia que marcou o início dos trabalhos do ano na Câmara de Salvador, realizada na tarde de hoje, foi marcada por muita confusão. Sindicalistas, servidores e funcionários terceirizados da prefeitura, em especial os das áreas de educação, limpeza pública e segurança, aproveitaram a presença do prefeito João Henrique Carneiro (sem partido) na casa para tentar promover um protesto.
A intenção dos manifestantes era entrar na Câmara, mas o acesso foi impedido por policiais e seguranças da Casa. Do lado de fora, os manifestantes, portando cartazes e bandeiras e munidos com apitos, interditaram o Paço Municipal, bloqueando o trânsito na região por diversas oportunidades.
As manifestações tinham como objetivo criticar os constantes atrasos nos pagamentos dos salários do funcionalismo e as tentativas, por parte da administração, de promover cortes de funcionários terceirizados da prefeitura, numa tentativa de João de equacionar as dívidas municipais. A prestação de contas de Salvador de 2009 foi reprovada pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, em dezembro.
Uma das alegações para a decisão foi que a prefeitura gastava mais do que arrecadava. Há duas semanas, a prefeitura dispensou 3 mil agentes de segurança. Para João, porém, a manifestação não foi legítima. “Os atrasos estão todos sendo equacionados”, justificou. “O que está acontecendo é uma tentativa de antecipação da campanha (de 2012)”.
Assembleia
Já na Assembleia Legislativa da Bahia, o início oficial dos trabalhos dos 63 deputados eleitos em outubro foi meramente formal. Em menos de uma hora, o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), chamou os deputados eleitos para receber os diplomas e convocou os parlamentares para a sessão de amanhã, quando será feito o juramento e a eleição da mesa diretora. O pleito também não deve ter sobressaltos: Nilo é candidato único ao terceiro mandato consecutivo à frente da Assembleia.