Cerca de 500 manifestantes participaram de um protesto promovido pelo Movimento Passe Livre do Rio às 18 horas desta terça-feira, no centro do Rio. Até as 21h30, quando o grupo estava reduzido à metade, não havia sido registrado tumulto. A principal reivindicação era o cancelamento do reajuste da tarifa dos ônibus municipais do Rio. A passagem passou de R$ 2,75 para R$ 3 em 8 de fevereiro.

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Os ativistas se concentraram nas imediações da igreja da Candelária, de onde partiram rumo à Cinelândia, interrompendo o trânsito em três pistas da avenida Rio Branco (aquelas que, desde que a via passou a ter mão dupla, são usadas no sentido Praça Mauá-Cinelândia). Entre os manifestantes havia black blocs, integrantes de movimentos sociais como a Frente Independente Popular (FIP), militantes com bandeiras do PCB, PSOL e PSTU e integrantes do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio. A entidade cedeu um carro de som usado durante o trajeto até a Cinelândia.

Policiais militares acompanharam o protesto fazendo cordões laterais e com grupos que se infiltravam entre os ativistas para revistar suspeitos de portar explosivos. Apesar do clima inicial de tensão, até as 21h30 não havia sido registrado nenhum incidente.

Os coros mais constantes dos manifestantes eram “Não vai ter Copa nem eleição, o povo quer é revolução” e “Imprensa fascista, você que é terrorista”. Também participaram grupos que apoiavam o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro (aos gritos de “Chávez eu te juro, eu luto com Maduro”) e outros que aplaudiam o ditador cubano Fidel Castro. Um grupo de punks repetia “PSTU, vai tomar no…”. A ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, recentemente envolvida numa polêmica com o advogado Jonas Tadeu Nunes, participou do protesto levando bandeiras e cartazes de crítica ao poder público.

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Quando os ativistas chegaram à Cinelândia, um grupo incendiou papéis e os militantes de partidos políticos se retiraram. Restaram integrantes de movimentos sociais e grupos de mascarados, que se reuniram para entoar gritos de crítica ao governo do Rio e à Polícia Militar. (Fábio Grellet)