Protagonistas da nova eleição em Londrina estão divididos

Protagonistas do novo segundo turno, Luiz Carlos Hauly e Barbosa Neto reagiram de forma diferente à confirmação da nova eleição em Londrina. Enquanto Hauly ainda desconfia do processo e prefere aguardar todos os desdobramentos jurídicos que ainda podem ocorrer no caso, Barbosa se diz pronto para a disputa.

“Não tem data marcada, não tem nada definido, ainda há recursos em tramitação, não há nenhum caso de terceiro turno na história do País. Estamos vivendo um clima de insegurança jurídica total”, comentou Hauly, que ainda tenta ação para que seja diplomado prefeito de Londrina por ter sido o segundo colocado na eleição, pedido indeferido pela juíza Gisele Lemke, mas ainda com possibilidade de recurso.

Hauly também demonstra preocupação com a possibilidade de o prefeito eleito de Londrina ter de renunciar ao mandato na Câmara Federal (os dois são deputados) e, posteriormente, ser afastado também da prefeitura em caso de sucesso de Belinati em seu recurso ao STF.

“É mais um desses elementos fundamentais que têm de ser resolvidos antes que se marque nova eleição. Será que teremos de nos submeter a mais essa insegurança?”, questionou. O tucano implorou para que o STF resolva o caso antes da data da nova eleição. “Sinceramente, peço para que, pelo amor de Deus, o Supremo não seja moroso como foi o TSE e julgue assim que retomar os trabalhos todas as pendências referentes a Londrina. É a administração de uma grande cidade que está em jogo. Não é uma partida de futebol que está sendo remarcada”, concluiu.

Já Barbosa Neto disse que, por um sonho maior, está disposto a correr o risco de perder o mandato de deputado federal. “Não nasci deputado e não vou morrer deputado. Meu sonho é ser prefeito de Londrina. Estou pronto para a disputa”, disse o deputado pedetista, revelando que já mobilizou o partido e, assim que a data da eleição for marcada, colocará a campanha nas ruas.

Apesar de aliado de Belinati, Barbosa não acredita que contará com o apoio do deputado estadual em sua campanha. “É compreensível, mesmo porque ele estará lutando pelo direito legítimo de assumir o cargo para o qual foi eleito”, argumentou.

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