Protagonista no episódio do escândalo dos chamados atos secretos no Senado, o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia é um dos candidatos registrados ontem para concorrer a uma das 24 vagas na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele foi inscrito pelo PTC.
Nomeado diretor do Senado na primeira das três vezes em que o senador José Sarney (PMDB-AP) presidiu a Casa, Agaciel Maia ficou no cargo por 14 anos, até ser exonerado, em março de 2009, sob acusação de ocultar da Justiça um imóvel avaliado em R$ 4 milhões. Desde então, está lotado no Instituto Legislativo Brasileiro, órgão ligado ao Senado.
Os atos secretos eram editados para nomear aliados políticos de senadores, aumentar rendimentos de servidores e criar cargos. Agaciel Maia respondeu processo administrativo no Senado pela acusação de ser responsável pela ocultação dos atos, mas só foi condenado a ficar 90 dias afastado do serviço. Ele nega ter cometido qualquer irregularidade no tempo em que comandou a administração da Casa. O caso também é investigado pelo Ministério Público (MP).
Inicialmente, Agaciel Maia pretendia concorrer a deputado federal. Mas, segundo o presidente do PTC em Brasília, Divino Osmar Nascimento, o partido não conseguiu coligação para a eleição federal e, por isso, não conseguiria votos suficientes para elegê-lo. Na eleição para distrital, o PTC se coligou com o PRP.