O líder do governo na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PMDB), disse nesta quarta-feira, 25, que a prorrogação dos contratos das concessionárias do pedágio é uma hipótese que o governo não pode descartar se resultar na redução do valor das tarifas cobradas dos usuários das rodovias.
Em resposta às críticas de deputados do PMDB e PT, que já se manifestaram contra a extensão dos contratos em troca de tarifas mais baixas, Traiano disse que para a população interessa é pagar menos. “Não vejo problema desde que se baixe a tarifa”, afirmou.
Mas o governo ainda não avançou nesta proposta nas negociações que estão sendo conduzidas pelo Secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, ressalvou o líder dos aliados do governador na Assembleia Legislativa. “Estão antecipando algo que ainda não aconteceu e que nós sabemos que depende também do governo federal”, afirmou.
De prorrogação a redução das taxas de retorno das empresas, todas as propostas estão na mesa para discussão, afirmou Traiano. “Discute-se tudo. Se reduz tarifa, reduz lucros. Parece que há um temor de que o governador Beto Richa consiga uma tarifa menor e vire herói da população”, atacou.
Só fiscalizar
A proposta de criação de uma comissão para acompanhar o andamento das conversas entre governo e concessionárias, sugerida por deputados do PT, foi considerada desnecessária pelo líder do governo. “Eles ficaram aqui oito anos ouvindo o Requião, que nunca quis resolver o problema do pedágio, e nunca criaram comissão nenhuma. Agora, não vejo razão para isso”, disse.
O líder do governo acha que o Legislativo deve exercer o papel de fiscalizar, que não inclui participar de negociações com empresas do pedágio. “Muita comissão é para não se resolver nada. Poder Legislativo fiscaliza. Questão administrativa é com o governo”, justificou.