A contraproposta apresentada informalmente nesta quinta-feira (17) ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TST), Rider Brito, pelos funcionários dos Correios deve ser formalizada nesta sexta-feira (18), até as 18 horas (de Brasília). A categoria, que iniciou a paralisação no dia 1º deste mês, pede o pagamento de abono emergencial de 30% sobre o salário-base, de julho a setembro, para os carteiros.
Além disso, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) se comprometeria a pagar, a partir de outubro, o piso salarial de R$ 260,00 e a descontar apenas metade dos dias parados. O ofício com a proposta da empresa foi assinado pelo chefe do Departamento Jurídico, Wellington Dias da Silva.
De acordo com o secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), Manoel Cantoara, a proposta formal da ECT tem pontos que não atendem às reivindicações dos carteiros, cuja greve deixa mais de 127 milhões de correspondências em atraso, segundo balanço da ECT. Segundo Cantoara, as divergências são relacionadas à discussão do plano de cargos, carreiras e salários de 2008 com a mediação do TST e ao pagamento de metade dos dias trabalhados. "Nós compensaríamos os dias parados, com um mutirão entregando as correspondências atrasadas o que seria bom para sociedade", acrescentou.
A proposta da ECT, caso seja aceita pelos carteiros, prevê multa diária de R$ 100 mil se o TST determinar a suspensão da greve. O presidente do tribunal aguarda a formalização da proposta da Fentect para se pronunciar. As informações são da Agência Brasil.