Segundo ele, apenas os candidatos apoiados pela liderança da igreja, que segue um estatuto similar a partido político, estão autorizados a usar microfone nos púlpitos e a distribuir material de propaganda. O candidato denunciou também que os integrantes da igreja estariam sendo obrigados a apoiar os candidatos oficiais, existindo, inclusive, previsão de sanção no estatuto da instituição.
Em Cascavel, há denúncias contra a Igreja do Evangelho Quadrangular, que estaria agindo da mesma forma. “De acordo com resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é proibida a propaganda em bens de uso comum, inclusive igrejas”, afirma o promotor de justiça Armando Antônio Sobreiro Neto, coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias Eleitorais, do MP Estadual.
O MP quer evitar tanto a propaganda, quanto o uso de recursos das igrejas para campanhas, sem a devida prestação de contas. Para isso, está solicitando aos respectivos juízos eleitorais que baixem portarias para impedir o uso de púlpito ou altar para propaganda eleitoral, em toda e qualquer igreja. Caso os juízes acatem o pedido do MP, o descumprimento pode implicar em crime eleitoral.