A partir de segunda-feira terá inicio a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para o segundo turno das eleições. Ela será exibida em dois blocos diários de quarenta minutos, inclusive aos domingos, até o dia 25 de outubro, dois dias antes das eleições. O tempo será dividido igualmente entre os candidatos.
Para presidente, José Serra (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terão dez minutos cada. No Paraná, Alvaro Dias (PDT) e Roberto Requião (PMDB) também terão dez minutos. Por terem obtido o maior número de votos no primeiro turno, Lula e Alvaro Dias abrirão o primeiro programa.
De acordo com a Resolução número 427/2002, que dispõe sobre o horário gratuito reservado à propaganda eleitoral no segundo turno da eleição para governador, no rádio a propaganda será veiculada das 7h às 7h40 e das 12h às 12h40. Na televisão será das 13h às 13h40 e das 20h30 às 21h10. As inserções também voltam na próxima segunda-feira. Serão 30 minutos diários (sete minutos e meio para cada candidato), entre as 8h e as 24h.
Ontem o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sorteou a ordem dos candidatos ao governo do Paraná na cédula de papel. O primeiro nome será de Roberto Requião e o segundo de Alvaro Dias. Já a ordem de votação na urna eletrônica será a mesma da eleição do dia 6. O primeiro voto será para governador e o segundo para presidente.
Decisão sobre títulos agrada senador do PMDB
O senador Roberto Requião, candidato do PMDB ao governo do Paraná e ex-relator da CPI dos Precatórios, comemorou a decisão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região suspendendo o pagamento dos títulos podres, adquiridos pelo governo Jaime Lerner, por intermédio do Banestado, emitidos pelos estados de Santa Catarina e Alagoas e pelos municípios de Guarulhos e Osasco. Na CPI dos Precatórios, o senador paranaense levantou todo o esquema envolvendo a compra e venda desses títulos.
Ele conseguiu anular esses títulos, porém com a venda do Banestado, o Banco Central obrigou o governo do Estado a repassar ao banco Itaú aproximadamente R$ 500 milhões, referentes a esses títulos. “A decisão do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre em acatar a ação movida pelo Ministério Público é um freio na pilantragem montada com o dinheiro dos paranaenses”, destacou Requião. O senador espera que o TRF anule em definitivo o contrato que obriga o Estado a arcar com os prejuízos dessa transação.