A presidente Dilma Rousseff encerrou seu longo discurso de 51 minutos, no evento de comemoração dos dez anos de governo do PT, em São Paulo, na noite desta quarta-feira, com uma defesa da reforma política e ainda com a exposição de metas para os próximos anos de governo. “Precisamos de uma reforma política com novos padrões de financiamento, com financiamento público de campanha”, afirmou a presidente.
Depois de citar os vários programas lançados pelo governo federal, lembrar da redução da pobreza e da criação recorde de empregos durante os dez anos, Dilma cobrou novas respostas do para o que ela chamou de “novo Brasil de classe média”. “Os anseios se ampliam na próxima década; a mãe que tirou filho da miséria agora quer levá-lo à universidade”, exemplificou. “Temos de aprofundar o governo de desenvolvimento, distribuição de renda, inclusão social e cidadania”, cobrou.
Ainda segundo ela, a agenda estratégica para o futuro do País “exige uma base sólida para a sociedade do conhecimento, ciência, tecnologia e inovação”, lastreadas na educação. Com isso, Dilma voltou a cobrar os investimentos no ensino infantil e na alfabetização, com a capacitação de professores.
A presidente avaliou que na década sob o comando do PT houve avanços na liberdade de expressão, respeito da independência dos poderes e fortalecimento dos mecanismos de controle dos gastos públicos, como, por exemplo, a criação da lei de acesso à informação.
Por fim, a presidente, ex-presa política, citou “os muitos que caíram no combate à ditadura” e considerou que “era para eles estarem presentes” no evento do PT. Citou ainda militantes históricos de esquerda, como Celso Furtado e Florestan Fernandes, lembrou de aliados como o ex-vice-presidente José Alencar a encerrou com um afago aos militantes petistas e à relação do partido com povo brasileiro. “É uma história de amor com o povo brasileiro que não precisa de final feliz, porque nós sabemos que não terá fim”, concluiu.