A promotoria de Justiça de Terra Rica, quase divisa com São Paulo, ajuizou ontem, ação civil pública por prática de ato de improbidade administrativa contra o atual prefeito, o ex-diretor da SAMAE, empresa de água municipal, e outras sete pessoas.
Este é a terceiro processo proposto pelo MP-PR contra o prefeito Municipal. Devalmir Molina Gonçalves, e o ex-diretor da SAMAE, Marco Antônio Machado, já estão com as contas bancárias, veículos e imóveis bloqueados por conta de outras duas ações de improbidade, ajuizadas pelo Ministério Público este ano.
Nesta terceira ação, a promotoria de Justiça sustenta um novo esquema de fraude em licitação. A suposta fraude teria ocorrido na compra de cloro para a SAMAE, o que teria onerado em R$ 17 mil os cofres municipais (valores não corrigidos).
De acordo com o promotor de Justiça Lucas Junqueira Bruzadelli Macedo, em janeiro deste ano, omitindo-se propositalmente em fiscalizar irregularidades, o prefeito teria autorizado a compra de cloro para a empresa de água municipal da firma Quibrás, de Maringá, que teria sido favorecida na licitação por Marco Antônio Machado.
Segundo a Promotoria, Machado, é amigo íntimo, ex-empregador e foi o principal cabo eleitoral de Devalmir na última campanha, sendo o próprio prefeito quem o nomeou para o cargo comissionado de Diretor da SAMAE.
A principal prova da fraude na licitação, no entender da Promotoria, é a falta de quatro dos seis envelopes que deveriam ter sido entregues pelas três supostas empresas que teriam disputado a concorrência.
Estes envelopes ainda deveriam estar lacrados e seriam abertos no dia do julgamento das propostas. No entanto, durante as investigações, o MP-PR só encontrou dois envelopes anexados à licitação, que visivelmente nunca foram lacrados.