Uma equipe do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais na área de crimes cometidos por prefeitos começou, no Fórum da comarca de Curiúva, a ouvir 30 pessoas para esclarecer denúncias de irregularidades que teriam sido cometidas pelo prefeito de Figueira, Jaime Higino (PSL).
O prefeito é suspeito de cometer crimes comuns como ameaças a cidadãos, inclusive vereadores, e crimes de improbidade administrativa, com o desvio de R$ 27,5 mil. As denúncias e reclamações foram feitas por vários vereadores e cidadãos do município junto ao Ministério Público de Curiúva e, em seguida, encaminhados ao Centro de Apoio em Curitiba.
A equipe é coordenada pelo procurador de Justiça Munir Gazal, e inclui os promotores de Justiça Reginaldo Rolim Pereira e Wanderlei Carvalho da Silva, além da promotora do Ministério Público de Curiúva, Maria Luiza Corrêa de Mello. Os promotores colheram os depoimentos ontem, durante o dia todo.
Liminar
O prefeito foi afastado por 120 dias do cargo, por decisão da juíza da comarca de Curiúva, Letícia Marina Conte. O afastamento provisório pode ser prorrogado. Em sua sentença ela deferiu o pedido liminar do Ministério Público para conveniência da instrução do processo em uma ação civil pública proposta pelo órgão. O vice-prefeito José Carlos Contiero (PDT) assumiu o cargo, O Ministério Público havia ajuizado na semana passada uma ação civil pública com pedido liminar de afastamento provisório de Santos.